BusinessTimes

Chevron pede que funcionários removam WeChat após ordem de Trump

23 set 2020, 13:07 - atualizado em 23 set 2020, 13:07
A gigante de petróleo americana identificou o WeChat como “aplicativo não compatível” em e-mail à equipe (Imagem: Twitter)

A Chevron pediu a funcionários no mundo todo que removam o aplicativo WeChat, da Tencent, de seus telefones do trabalho. A petroleira é uma das primeiras empresas dos Estados Unidos a obedecerem à ordem executiva do governo Trump, que baniu o aplicativo chinês por supostos riscos à segurança nacional.

A gigante de petróleo americana identificou o WeChat como “aplicativo não compatível” em e-mail à equipe, pedindo que o programa seja eliminado dos celulares do trabalho em alguns dias. Caso contrário, os aparelhos serão desconectados da rede da empresa, segundo memorando visto pela Bloomberg News.

“Devido à recente ordem executiva que baniu o uso do WeChat, a Chevron exige a remoção aplicativo de seu aparelho móvel”, disse o memorando, que também identifica o sistema operacional e o modelo de telefone de cada funcionário. “Se nenhuma ação for tomada antes de 27 de setembro de 2020, seu acesso ao sistema Chevron será removido.”

Um representante da Chevron não quis comentar, e um porta-voz da Tencent não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O WeChat emergiu como um dos alvos da investida do presidente Donald Trump contra a China antes das eleições de novembro nos EUA. As tensões entre os governos de Washington e Pequim também se intensificam com a campanha contra a ByteDance e seu serviço de vídeo curto TikTok.

O WeChat deveria ter sido excluído das lojas de aplicativos dos EUA em 20 de setembro sob a ordem executiva de Trump, mas, no fim de semana, uma juíza de São Francisco emitiu uma liminar para suspender a ordem, que seria contra os direitos de liberdade de expressão.

O WeChat tem 19 milhões de usuários regulares nos EUA e mais de um bilhão no mundo todo. O aplicativo é porta de entrada para muitos dos negócios mais rentáveis da Tencent, como jogos e pagamentos digitais, e também é uma ferramenta de marketing e comunicação muito usada por empresas americanas interessadas em alcançar contrapartes ou consumidores na China.