Cheques de estímulo impulsionam gastos do consumidor dos EUA em março
Os gastos dos consumidores nos Estados Unidos se recuperaram em março em meio a um salto na renda, uma vez que as famílias receberam do governo ajuda adicional em dinheiro como parte de medidas de combate aos efeitos econômicos da pandemia.
Os dados, assim, constroem uma base forte para mais aceleração no consumo no segundo trimestre.
Os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 4,2% no mês passado, depois de caírem 1,0% em fevereiro, informou o Departamento do Comércio nesta sexta-feira.
Economistas consultados pela Reuters projetavam que os gastos dos consumidores subiriam 4,1%.
Os dados foram incluídos no relatório do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre divulgado na quinta-feira, segundo o qual a economia disparou a uma taxa anualizada de 6,4% nos três primeiros meses do ano, depois de um ritmo de 4,3% no quarto trimestre.
Os gastos dos consumidores saltaram 10,7% no trimestre passado.
A maioria dos norte-americanos de baixa e média renda recebeu cheques únicos de estímulo de 1.400 dólares como parte do pacote de ajuda aprovado em março.
Isso elevou a renda pessoal em 21,1%, após queda de 7,0% em fevereiro.
O fortalecimento da demanda e a saída do cálculo das leituras fracas do ano passado elevaram a inflação no mês passado.
O índice PCE excluindo os preços voláteis de alimentos e energia subiu 0,4%, depois de alta de 0,1% em fevereiro.
Nos 12 meses até março, o chamado núcleo do PCE avançou 1,8%, maior alta desde fevereiro de 2020, após ganho de 1,4% em fevereiro.
O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Fed para sua meta de 2%, que é uma média flexível.