Chelsea: Reino Unido aprova compra do clube por US$ 5,3 bilhões
O governo do Reino Unido aprovou a aquisição de US$ 5,3 bilhões do Chelsea FC por um consórcio liderado pelo coproprietário do LA Dodgers, time de baseball norte-americano, Todd Boehly.
A aquisição acontece um dia após a venda ter sido aprovada pela Premier League inglesa, que disse em comunicado que o consórcio passou no teste de seus proprietários e diretores.
“Na noite passada, o governo do Reino Unido chegou a uma posição em que poderíamos emitir uma licença que permite a venda do Chelsea”, disse um porta-voz do governo em comunicado na quarta-feira (25).
Novos donos do time
No início de maio, o consórcio liderado por Boehly, concordou em comprar o Chelsea por US$ 3,1 bilhões iniciais, com garantias de gastos de outros US$ 2,2 bilhões em 10 anos.
O consórcio também inclui o bilionário suíço Hansjörg Wyss, o promotor imobiliário britânico Jonathan Goldstein e a empresa de investimentos norte-americana Clearlake Capital.
O norte-americano venceu a concorrência do homem mais rico da Grã-Bretanha, Jim Ratcliffe, com uma oferta de US$ 3,5 bilhões.
Boehly será o proprietário controlador do Chelsea, mas a Clearlake está assumindo uma participação majoritária no clube.
O magnata já é dono de 20% do Los Angeles Dodgers, um dos times mais tradicionais do baseball mundial, e do Los Angeles Sparks, da liga de basquete feminino dos Estados Unidos.
Ele também comprou ações do Los Angeles Lakers, maior campeão da NBA ao lado do Boston Celtics, em 2021.
Chelsea à venda
O time de futebol foi colocado à venda no início de março deste ano por seu proprietário, o bilionário russo Roman Abramovich, logo após a invasão russa da Ucrânia.
Pouco depois, Abramovich foi punido com sanções que o impediram de lucrar com a venda.
O governo do Reino Unido estava preocupado com a possibilidade da aquisição de US$ 5,3 bilhões do Chelsea FC entrar em colapso porque o proprietário russo Roman Abramovich estava se recusando a aceitar uma nova estrutura de venda proposta pelos ministros, relatou a Sky News na época.
O oligarca russo chegou a negar que teria pedido um empréstimo de 1,85 mil milhões de dólares ao clube para ser reembolsado quando ele fosse vendido.
O bilionário de 55 anos disse anteriormente em um comunicado que pretende doar qualquer lucro da venda para uma fundação de caridade que será para o “benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia”.
A guerra e o futebol
Na quarta-feira, o governo britânico disse que o produto da venda iria para uma conta bancária congelada e depois seria doado para instituições de caridade.
“Após a sanção de Roman Abramovich, o governo trabalhou duro para garantir que o Chelsea pudesse continuar jogando futebol. Mas sempre deixamos claro que o futuro a longo prazo do clube só poderia ser garantido com um novo proprietário”, disse a declaração.
“Após um extenso trabalho, agora estamos convencidos de que os lucros totais da venda não beneficiarão Roman Abramovich ou qualquer outro indivíduo sancionado. Começaremos agora o processo de garantir que os lucros da venda sejam usados para causas humanitárias na Ucrânia, apoiando as vítimas da guerra”, continuou.
“As medidas de hoje vão garantir o futuro deste importante patrimônio cultural e proteger os torcedores e a comunidade do futebol em geral. Temos discutido com parceiros internacionais relevantes para obter as licenças necessárias e agradecemos a eles por toda a cooperação”, finalizou.
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