Economia

Cheguei querendo fazer o bem, o que dá pra fazer é evitar o mal, diz Campos Neto citando o avô

06 out 2021, 11:56 - atualizado em 06 out 2021, 11:56
Campos Neto
O presidente do BC também lembrou que o seu avô era um entusiasta da tecnologia, e pontuou que, pessoalmente, considera a tecnologia o instrumento mais democratizante no mundo (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que a frase do seu avô sobre ter chegado ao Congresso querendo fazer o bem, mas ter chegado à conclusão que o que era possível era evitar o mal, também se aplica à experiência que tem tido no governo.

Roberto Campos foi ministro do Planejamento no governo do presidente Castelo Branco (1964-67) e também assumiu mandatos como deputado federal e senador.

“Vou terminar com uma frase que, para mim, tem retratado muito da minha experiência também no governo. Ele dizia: quando cheguei ao Congresso queria fazer o bem. Hoje acho que o que dá pra fazer é evitar o mal”, afirmou Campos Neto, ao participar do lançamento virtual do livro “Constituinte Profeta: Homenagem ao Roberto Campos”.

O presidente do BC também lembrou que o seu avô era um entusiasta da tecnologia, e pontuou que, pessoalmente, considera a tecnologia o instrumento mais democratizante no mundo.

Campos Neto também defendeu que a autonomia formal do Banco Central que foi recém conquistada é “inferior” à defendida por Roberto Campos no passado, já que o status que havia sido assegurado na lei de criação do BC e que perdurou de 1964 até o início de 1967 concedia independência administrativa, operacional e financeira para a autarquia.

“Hoje nós tratamos basicamente da autonomia operacional e um pouco da financeira. Então não temos nenhuma autonomia administrativa no processo que está vigente atualmente”, afirmou.