Comprar ou vender?

Chegou a hora de vender as ações da Fibria, alerta Goldman Sachs

31 jan 2018, 18:14 - atualizado em 31 jan 2018, 18:17
Segundo o Goldman Sachs, a desalavancagem financeira irá desapontar com os gastos no projeto H2

O Goldman Sachs decidiu ir na contramão do mercado e recomendar a venda das ações da Fibria (FIBR3), mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (31) e obtido pelo Money Times. Segundo a Bloomberg, a casa é a única entre 11 a indicar a venda dos papéis (8 avaliam em compra e 2 em neutra).

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“Esperamos uma aguda correção dos preços da celulose no primeiro semestre de 2018. O impacto de novos projetos entrando em operação coincidirá com a normalização das várias quedas de produção inesperadas do ano passado”, explicam os analistas Humberto Meireles e Michael C. Scott.

Com isso, o Goldman Sachs calcula um crescimento de 2,6 milhões de toneladas na capacidade (7,7%) neste ano, mais concentrado no início de 2018. É o maior avanço já visto na oferta em um ano e cerca de 3 vezes superior ao aumento da demanda esperada para o ano que vem.

“Esperamos que esse descompasso faça com que a capacidade de utilização da indústria fique em 90% em 2018 (de 95%), que é um patamar historicamente associado com a deterioração do poder de precificação”, destacam os analistas. O Goldman Sachs estima que o preço da celulose na Europa caia de US$ 1.000 a US$ 814.

 Recomendações

A Fibria foi cortada para venda com o banco avaliando que o ritmo de desalavancagem financeira irá desapontar. O preço-alvo passou de R$ 47,50 para R$ 44,40.

“Vemos a Fibria gerando fluxo de caixa limitado em 2018 (após dividendos) em nossa previsão de preços de US$ 814/tonelada dado o aumento em do investimento para R$ 3,7 bilhões e em torno de uma saída de caixa de R$ 589 milhões para capital de giro vinculado ao projeto H2”, ressaltam Meireles e Scott.

Já a Klabin (KLBN11) foi elevada para neutra com a incorporação de uma perspectiva melhor para o segmento de papel impulsionada pela melhora da economia brasileira. O preço-alvo subiu de R$ 14,40 para R$ 18,30.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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