Chegada dos brasileiros à Bolsa continua sustentando as ações da B3
Os números do segundo trimestre da B3 (B3SA3) devem vir tão fortes quanto no início do ano, avaliou o Credit Suisse. A companhia, que reportou um volume médio diário de negociações (ADTV, na sigla em inglês) de R$ 32,3 bilhões em junho, pode encerrar o trimestre com um ADTV de R$ 29 bilhões, o que representaria um crescimento expressivo de 91% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Com o Ibovespa de volta aos 95 mil pontos, os volumes provavelmente continuarão resilientes mesmo se a velocidade de giro das negociações perder força”, comentaram os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo, em relatório enviado aos clientes.
A quantidade média diária de contratos futuros negociados (ADV Futuros) em junho ficou em 4,1 milhões, com um crescimento de 7% na passagem mensal. Já a receita média diária acelerou 18% em relação a maio e 33% na comparação com o mesmo mês de 2019, encerrando R$ 9,1 milhões.
Atualizando as estimativas
O Credit Suisse atualizou mais uma vez as estimativas para a empresa.
“A B3 nos deu uma boa ideia de como o segundo trimestre será, principalmente para as ações e os contratos futuros, que representam 70% das receitas totais”, afirmaram Rosman e Peredo. “Se adicionarmos os números preliminares de junho com os dados de abril e maio, temos um ADTV e um ADTV Futuros 7% e 4% acima do que esperávamos para o segundo trimestre. Por isso, estamos elevando as projeções do lucro por ação (LPA) para mais de 5% em 2020, 2021 e 2022”.
O banco está assumindo uma rotatividade maior devido ao aumento estrutural de investidores de varejo na Bolsa. A equipe de análise reiterou sua recomendação de compra e elevou o preço-alvo do papel, de R$ 58 para R$ 65.