Chefe do Tesouro dos EUA diz que precificação do carbono pode funcionar – com ressalvas
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reconheceu nesta terça-feira o uso de esquemas de precificação do carbono, como a nova taxa de fronteira planejada pela Europa, mas enfatizou que tais medidas deveriam levar em conta o progresso no corte de emissões feito de outras maneiras.
Yellen estava em Bruxelas um dia antes de a União Europeia apresentar um grande pacote de medidas para combater a mudança climática.
Entre elas, o bloco delineará um mecanismo de ajuste de carbono de fronteira (CBAM), concebido para cortar emissões criando incentivos financeiros para uma produção mais verde e desestimulando o “vazamento de carbono”, como é conhecida a transferência de operações a países com restrições de emissões menos onerosas.
“Um imposto de carbono ou uma precificação de carbono ‘cap-and-trade’ é uma maneira muito eficiente de abordar as reduções de emissões, mas não há nada que exija que os países procedam desta maneira”, disse ela à Reuters em uma entrevista.
“E é muito importante refletir que, se um país adota um ajuste de carbono de fronteira, como deveria tratar países que também alcançam técnicas de produção ambientalmente sustentáveis, mas através de meios diferentes”, acrescentou.
Ela concordou que países empenhados em reduzir suas próprias emissões têm direito de abordar possíveis vazamentos de carbono.