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Chefe do FMI espera manter previsão de crescimento global para 2023 estável em 2,7%

13 jan 2023, 10:16 - atualizado em 13 jan 2023, 10:16
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O FMI previu em outubro que o crescimento global desacelerará para 2,7% em 2023, depois de cair de 6,0% em 2021 para 3,2% em 2022 (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

O Fundo Monetário Internacional não deve reduzir sua previsão de crescimento global de 2,7% em 2023, disse a chefe do credor global na quinta-feira, observando que um temido aumento no preço do petróleo não se materializou e os mercados de trabalho permaneceram fortes.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que 2023 será outro “ano difícil” para a economia global, e a inflação permanece teimosa, mas ela não espera outro ano de rebaixamentos sucessivos como os vistos no ano passado, exceto por desdobramentos inesperados.

O FMI previu em outubro que o crescimento global desacelerará para 2,7% em 2023, depois de cair de 6,0% em 2021 para 3,2% em 2022.

Anteriormente, o fundo havia previsto um crescimento de 2,9% para 2023, mas Georgieva disse que não espera mais cortes no prognóstico.

“O crescimento continua desacelerando em 2023”, disse ela a repórteres na sede do FMI em Washington.

“A parte mais positiva do cenário está na resiliência dos mercados de trabalho. Enquanto as pessoas estiverem empregadas, mesmo que os preços sejam altos, as pessoas gastam… e isso tem ajudado o desempenho”.

Ela acrescentou que o FMI não espera grandes rebaixamentos, embora o número final não tenha sido determinado. “Essa é a boa notícia”.

Georgieva disse que o FMI espera que a desaceleração do crescimento global “chegue ao fundo do poço” e “se recupere no final de 2023 e início de 2024”.

Mas ela disse que uma grande incerteza permanece, citando o risco de um evento climático significativo, um grande ataque cibernético ou o perigo de uma escalada na guerra da Rússia na Ucrânia, por exemplo, através do uso de armas nucleares.

“Agora estamos em um mundo mais propenso a choques e temos que ter a mente aberta para uma virada de risco na qual nem estamos pensando”, disse ela.

“Esse é a grande questão dos últimos anos. O impensável aconteceu duas vezes.”

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