Economia

Chefe do FMI alerta contra “complacência” em relação a problemas de dívida globais

11 jul 2022, 9:08 - atualizado em 11 jul 2022, 9:08
Chefe do FMI
A chefe do FMI disse que quase um terço dos países de mercados emergentes e duas vezes essa proporção de países de baixa renda estão com dificuldades envolvendo a dívida (Imagem: REUTERS/ Hereward Holland)

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, está pressionando a China e outras economias do Grupo dos 20 (G20) a acelerar o alívio da dívida para um número crescente de países altamente endividados, alertando que o fracasso em fazê-lo pode desencadear uma “espiral descendente” prejudicial.

Georgieva disse à Reuters que é crucial impulsionar o Marco Comum para negociação de dívidas, programa amplamente paralisado que foi adotado pelo G20 e pelo Clube de Paris de credores oficiais em outubro de 2020, mas não conseguiu entregar um único resultado até agora.

“Este é um tópico sobre o qual não podemos ter complacência”, disse ela. “Se a confiança for corroída a ponto de haver uma espiral descendente, não se sabe onde isso terminará”, disse a chefe do FMI em entrevista no final da semana passada, antes de reunião desta semana de autoridades financeiras na Indonésia.

Georgieva disse que quase um terço dos países de mercados emergentes e duas vezes essa proporção de países de baixa renda estão com dificuldades envolvendo a dívida, com a situação piorando à medida que as economias avançadas aumentaram suas taxas de juros.

Ela fez um apelo à China para que coordene melhor seus múltiplos credores, alertando que o país seria o “primeiro a perder dramaticamente” se os atuais problemas de dívida se transformarem numa crise total.

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