ChatGPT e outras Inteligências Artificiais elevarão em 30% os lucros de empresas do S&P 500
O ChatGPT e outras Inteligências Artificiais (IAs) devem elevar em, pelo menos, 30% os lucros das empresas do S&P 500, um dos principais índices de ações da Bolsa de Nova York, nos próximos dez anos. A avaliação é de Ben Snider, estrategista sênior do Goldman Sachs.
Em entrevista à rede de TV americana CNBC nesta quinta-feira (18), Snider explicou que a crescente adoção de IAs por empresas levará a ganhos de produtividade de 1,5% ao ano na próxima década, destravando todo esse potencial de lucros.
O estrategista acrescentou que, no curto prazo, muitos investidores acreditam que as vencedoras óbvias da eclosão das IAs são as empresas de tecnologia. “A questão real para os investidores é quais serão os vencedores no futuro”, sublinhou.
Para mostrar que a resposta não é tão óbvia, Snider lembrou que, na época do estouro da bolha da internet, entre 1999 e 2000, não era nem um pouco evidente que empresas como o Facebook e o Uber mudariam profundamente nosso modo de viver e a economia.
Na dúvida, o analista do Goldman Sachs recomenda que os investidores pulverizem sua carteira, e reforcem suas posições em setores cíclicos e defensivos, como o de energia.
ChatGPT: Nem todos estão otimistas com as IAs
O precursor da inteligência artificial (IA) Geoffrey Hinton disse que deixou o Google para falar livremente sobre os perigos da tecnologia, depois de perceber que os computadores poderão se tornar mais inteligentes do que as pessoas muito antes do que ele e outros especialistas esperavam.
“Saí para poder falar sobre os perigos da inteligência artificial sem considerar como isso afeta o Google”, escreveu Hinton no Twitter.
Em entrevista ao New York Times, Hinton disse estar preocupado com a capacidade da tecnologia de criar imagens e textos falsos convincentes, criando um mundo onde as pessoas “não serão mais capazes de saber o que é verdade”.
Márcio Juliboni é diretor de redação do Money Times, onde ingressou em 2019. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.