ChatGPT e inteligência artificial: Estados Unidos preparam estudos para possível regulação
Os Estados Unidos avançaram a passos largos rumo à regulação de inteligências artificiais, como o ChatGPT, nesta terça-feira (11). O movimento acontece na semana seguinte em que a ferramenta foi banida na Itália por um período indeterminado de tempo.
A Administração Nacional de Telecomunicações e Informações (NTIA), uma agência do Departamento de Comércio que assessora a Casa Branca, publicou hoje um documento que abre espaço para comentários do setor sobre questões de segurança a respeito da tecnologia.
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Estados Unidos avançam para regular ChatGPT
O documento, chamado de solicitação de comentário (RFC, na sigla em inglês), buscará abordar questões sobre como uma possível regulação deveria tomar lugar no setor.
Entre os pontos levantados no comunicado à imprensa, estão:
- Que tipos de testes de confiança e segurança as empresas de desenvolvimento de IA e seus clientes corporativos devem realizar.
- Que tipos de acesso a dados são necessários para realizar auditorias e avaliações.
- Como os reguladores e outros atores podem incentivar e apoiar a garantia confiável de sistemas de IA junto com outras formas de responsabilidade.
- Quais abordagens diferentes podem ser necessárias em diferentes setores da indústria, como emprego ou assistência médica.
O objetivo da agência, segundo ela mesma, é elaborar um relatório que analisa “os esforços para garantir que os sistemas de inteligência artificial funcionem como alegado — e sem causar danos”.
A ideia é contribuir com o “trabalho contínuo do governo Biden de assegurar uma abordagem coesa e abrangente do governo federal para riscos e oportunidades relacionadas à inteligência artificial”.
No comunicado, a agência reforça que, apesar dos usos decorrentes da tecnologia como o ChatGPT para impulsionar novos negócios, ainda existem riscos que precisam ser considerados, e entender eles é um dos propósitos do documento.
“Há também uma preocupação crescente com os riscos potenciais para os indivíduos e a sociedade que ainda não se manifestaram, mas que podem resultar de sistemas cada vez mais poderosos”, diz comunicado.
Os comentários serão feitos publicamente através do site de regulação do governo norte-americano, com o prazo de 60 dias a partir da publicação do comunicado, ou seja, até 10 de junho.