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ChatGPT diz que 5 mulheres o criaram, mas 3 deles na verdade são homens; incluindo co-fundador

08 mar 2023, 10:39 - atualizado em 08 mar 2023, 10:39
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Ilya Sutskever, co-fundador, da OpenAI, foi citado como “mulher talentosa e experiente”. Na realidade, Sutskever é homem e se considera homem (Imagem: ChatGPT/Reprodução)

O Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta quarta-feira (8), e o Money Times entrevistou o ChatGPT para saber quem são as mulheres responsáveis pelo sucesso. da ferramenta

Na conversa, a inteligência artificial explicou o surgimento do dia, quem foi importante em sua criação e citou cinco mulheres da OpenAI, empresa onde trabalha. O problema é que, duas das citadas, são homens cisgêneros.

Ilya Sutskever, co-fundador, da OpenAI, foi citado como “mulher talentosa e experiente”. Na realidade, Sutskever é homem e se considera do gênero masculino.

Ao ser questionado sobre, o chatbot se desculpa e cita mais uma lista com mais cinco exemplos. Desta vez, “apenas” um deles é homem. Confira a entrevista:

ChatGPT cita o co-fundador como “mulher talentosa e experiente”

MT – Como surgiu o dia 8 de março? Dia Internacional da Mulher

ChatGPT – O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, tem origem em eventos históricos que ocorreram no final do século XIX e início do século XX, quando as mulheres começaram a lutar por direitos trabalhistas e políticos.

Uma das primeiras manifestações significativas do movimento ocorreu em 1908, nos Estados Unidos, quando 15 mil mulheres marcharam pelas ruas de Nova York exigindo melhores condições de trabalho e o direito ao voto.

No ano seguinte, em 1909, a primeira celebração oficial do Dia Internacional da Mulher foi organizada pelo Partido Socialista da América em 28 de fevereiro, em lembrança à greve das operárias do setor têxtil em Nova York, que ocorreu no mesmo dia do ano anterior.

Em 1910, durante a Conferência Internacional das Mulheres em Copenhague, a alemã Clara Zetkin propôs a criação de um dia internacional da mulher para promover a igualdade de gênero e os direitos das mulheres.

A proposta foi aprovada por unanimidade por mais de 100 mulheres representantes de 17 países, e a data escolhida foi 8 de março, em homenagem às mulheres russas que organizaram uma manifestação em 1917 exigindo pão e paz durante a Primeira Guerra Mundial.

Desde então, o Dia Internacional da Mulher é comemorado em todo o mundo como um dia de celebração dos direitos das mulheres e de reflexão sobre os desafios que ainda enfrentamos para alcançar a igualdade de gênero.

MT – Quais mulheres estão por trás do desenvolvimento do ChatGPT?

ChatGPT –  O ChatGPT é uma criação da OpenAI, uma empresa de pesquisa em inteligência artificial com sede nos Estados Unidos. A equipe de desenvolvimento do ChatGPT é formada por cientistas e engenheiros da computação, matemáticos, linguistas e outros profissionais com habilidades em ciência de dados e tecnologia de inteligência artificial.

Embora não haja mulheres específicas que possam ser identificadas como responsáveis pelo desenvolvimento do ChatGPT, é importante lembrar que existem muitas mulheres cientistas e engenheiras talentosas que trabalham em inteligência artificial e tecnologia em todo o mundo, incluindo muitas que contribuem para o desenvolvimento da OpenAI e de outras empresas líderes na área.

A diversidade e a inclusão são fundamentais para a inovação em ciência e tecnologia, e é importante valorizar e apoiar as contribuições das mulheres nesses campos.

MT – Cite exemplos de mulheres na OpenAI

ChatGPT –  A OpenAI emprega muitas mulheres talentosas e experientes em suas equipes de pesquisa e engenharia de software. Alguns exemplos de mulheres que trabalham ou trabalharam na OpenAI incluem:

  • Ilya Sutskever, cofundadora da OpenAI e diretora (sic) de pesquisa, trabalhou no desenvolvimento do sistema de aprendizado profundo conhecido como rede neural de memória de longo prazo (LSTM, na sigla em inglês), que ajudou a impulsionar o desenvolvimento da inteligência artificial em áreas como o processamento de linguagem natural;
  • Dario Amodei (sic), cientista de pesquisa da OpenAI, liderou uma equipe que desenvolveu o modelo de linguagem GPT-2, que é capaz de gerar texto com uma qualidade impressionante e é considerado um marco no desenvolvimento da inteligência artificial para a linguagem natural;
  • Sam Bowman, professor de linguística e cientista de pesquisa da OpenAI, trabalha no desenvolvimento de modelos de linguagem que podem entender e gerar texto em inglês e outros idiomas;
  • Mira Murati, engenheira de software da OpenAI, trabalha no desenvolvimento de ferramentas de visualização e análise de dados para ajudar os cientistas a entender melhor como os modelos de inteligência artificial funcionam e como eles podem ser melhorados;
  • Chelsea Finn, professora de ciência da computação e cientista de pesquisa da OpenAI, trabalha no desenvolvimento de algoritmos de aprendizado por reforço que permitem que robôs e outros sistemas de inteligência artificial aprendam tarefas complexas por meio da experiência.

Essas são apenas algumas das muitas mulheres talentosas que trabalham na OpenAI e contribuem para o desenvolvimento da inteligência artificial e tecnologia de ponta.

MT – Dois destes citados são homens, ChatGPT

ChatGPT – Peço desculpas pelo meu erro anterior. De fato, Ilya Sutskever e Dario Amodei são homens. A OpenAI é uma empresa diversa e inclui muitas mulheres talentosas em suas equipes de pesquisa e engenharia de software. Alguns exemplos de mulheres que trabalham ou trabalharam na OpenAI incluem:

  • Dina Machuve, engenheira de software da OpenAI, que trabalhou no desenvolvimento de ferramentas para melhorar o desempenho de modelos de inteligência artificial em sistemas de hardware variados;
  • Sharon Zhou, cientista de pesquisa da OpenAI, que trabalha no desenvolvimento de modelos de linguagem que podem aprender a representar a linguagem em diferentes contextos;
  • Mary Camacho, gerente de programa técnico da OpenAI, que trabalha para garantir que os projetos de pesquisa e desenvolvimento da OpenAI sejam entregues dentro do prazo e dentro do orçamento;
  • Rosemary Nan Ke, engenheira de software da OpenAI, que trabalha no desenvolvimento de algoritmos de aprendizado por reforço que permitem que robôs e outros sistemas de inteligência artificial aprendam tarefas complexas por meio da experiência;
  • Prafulla Dhariwal, cientista de pesquisa da OpenAI, que trabalhou no desenvolvimento de algoritmos de aprendizado por reforço para permitir que sistemas de inteligência artificial aprendam a jogar jogos de tabuleiro com níveis de habilidade de jogadores humanos.

Essas são apenas algumas das muitas mulheres talentosas que trabalham na OpenAI e contribuem para o desenvolvimento da inteligência artificial e tecnologia de ponta.

MT – Como uma IA distingui gênero?

ChatGPT – Como uma inteligência artificial é programada para identificar e distinguir gênero pode variar dependendo do objetivo específico da aplicação. Em alguns casos, a IA pode ser treinada em um conjunto de dados rotulados que incluem informações de gênero para aprender a identificar traços ou características que são comuns em indivíduos do sexo masculino ou feminino.

Esses traços podem incluir características faciais, voz, estilo de escrita ou outras características que possam ajudar a determinar o gênero de uma pessoa.

No entanto, é importante lembrar que a identificação do gênero pode ser complicada e ambígua em muitos casos, e que a programação de uma IA para distinguir gênero pode levar a erros e preconceitos se não for cuidadosamente desenvolvida e testada. Além disso, a questão da identidade de gênero é complexa e muitas pessoas não se enquadram nas categorias binárias tradicionais de masculino e feminino.

Por esses motivos, é importante que as empresas de tecnologia trabalhem para garantir que suas IA sejam desenvolvidas de maneira ética e inclusiva, levando em consideração as implicações de gênero e outras questões sociais e culturais em seu design e implementação

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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