ChatGPT: amigo ou inimigo?
Nos últimos anos, o desenvolvimento da inteligência artificial levou à criação de agentes de conversação avançados, ou chatbots, capazes de entender a linguagem natural e fornecer respostas semelhantes às humanas. Um desses chatbots é o ChatGPT, ferramenta poderosa que pode gerar respostas contextualmente relevantes e sintaticamente corretas para uma ampla gama de entradas de linguagem natural, o que o torna útil para uma variedade de aplicações, como atendimento ao cliente, tradução de idiomas e até mesmo redação criativa.
Não, eu não escrevi o primeiro parágrafo deste artigo. A introdução acima é um exemplo de conteúdo criado pelo ChatGPT. Bastou colocar no site os termos “escrever a introdução de um texto sobre ChatGPT” para que a IA formulasse as frases anteriores.
Ao mesmo tempo em que a tecnologia facilita o dia a dia de estudantes e profissionais, ela coloca em cheque tanto a autoridade dos conteúdos publicados nas redes como o desenvolvimento da inteligência humana.
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Mas quão popular é o ChatGPT? E quem a utiliza?
De acordo com os dados da Semrush, em fevereiro deste ano, a OpenAI, companhia responsável pelo ChatGPT, registrou mais de 55,6 milhões de acessos apenas no Brasil. O tráfego do site aumentou 136.531.3% em comparação a 2022.
Se considerarmos os dados globais, veremos que a maioria da população que acessa o site são homens de até 34 anos. Para sermos mais exatos, 35.3% dos acessos foram feitos por jovens de 18 a 24 anos e 47.6% por adultos de 25 a 34 anos, enquanto 89.6% do total do tráfego é composto pelo sexo masculino.
Embora muitos estejam entusiasmados com as oportunidades potenciais da IA (consultas por “empregos de IA abertos” cresceram 1.971% em relação ao ano anterior), o sentimento do consumidor ainda mostra alguns temores. A pesquisa “A IA irá tomar meu emprego?” cresceu 700% ano a ano em janeiro de 2023. Outra pesquisa semelhante, “quais empregos a IA substituirá”, teve um crescimento anual de 1.011%.
Afinal, as máquinas inteligentes são amigas ou inimigas?
Antes de tudo, já respondo: o ChatGPT não é um inimigo. No lançamento das calculadoras, o mesmo medo pairava na sociedade: será que tais máquinas iriam substituir a inteligência humana? Mas o que aconteceu foi o oposto, elas passaram a auxiliar profissionais no dia a dia, o que é ótimo, pois esse tempo pode ser dedicado a outras atividades.
Vale ressaltar também que a experiência humana ainda é fundamental. Isso porque as máquinas inteligentes fazem uma coletânea dos conteúdos publicados nas redes, desde artigos, a textos e livros, mas não dita as fontes utilizadas. Ou seja, é preciso fazer uma leitura ou até um estudo para entender se o texto colocado está mesmo correto.
*Por Erich Casagrande, Líder de Marketing da Semrush no Brasil