Chatbot: Não aguenta mais ligações de cobranças? Um robô pode cuidar disso para você; entenda como funciona
Uma pesquisa realizada pelo Serasa apontou que, em março, mais de 70,7 milhões de pessoas estavam endividadas. Conforme o estudo, o Brasil acumula cerca de 180 mil novos negativados por mês.
As dívidas, na média, são de R$ 4,6 mil e atingem em maior parte os consumidores entre 26 e 40 anos (34,8%), seguidos imediatamente pela faixa de 41 a 60 anos (34,7%).
Devendo ou não, as ligações de cobranças nunca são desejadas. Com isso em mente, o site Agora Eu Pago desenvolveu um chatbot pessoal. A tecnologia atende os cobradores, anota recados, recebe propostas para acordos de boletos em um único mensageiro, que é semelhante ao WhatsApp.
Edgard Melo, CEO da companhia, diz que por alguns anos, os consumidores se acostumaram a conversar com os chatbots das empresas. E agora, são as empresas que vão conversar com o chatbot dos usuários.
Chatbot: Como funciona?
O executivo explica que a ferramenta é como a de uma clínica médica, onde se envia uma mensagem e recebe como resposta algumas opções de “digite 1 para agendar exames ou 2 para resultados”.
Neste caso, o chatbot irá se identificar dizendo que é o assistente pessoal da pessoa cobrada. Em seguida, o robô irá dizer “tecle 2 para uma proposta de renegociação ou tecle 3 para enviar o código de barras, caso já exista um acordo”.
Aos devedores, Melo pontua que, além da segurança, a adesão simplifica o relacionamento com bancos, lojas e credoras, poupando-os de conversas constrangedoras e levando-os direto ao ponto, já que é o robô quem troca as mensagens iniciais.
“Ao fim do dia, o consumidor acessa o site e vê as propostas que seu chat pessoal coletou. Se interessar, é só
dar sequência na conversa com o funcionário que o procurou, tudo por meio do mensageiro”.
Celular não é documento
O chatbot da Agora Eu Pago permite que as empresas tenham acesso aos consumidores por meio do CPF. Lima explica que o documento é uma informação que bancos e credoras têm em comum sobre os clientes. Além disso, o sistema da companhia não requer integrações, nem detalhes da dívida em si.
“Celular é algo que as pessoas trocam durante a vida toda, mas documento, não. Para as empresas, manter o banco de dados dos consumidores sempre atualizado custa caro e não é assertivo”.
Para utilizar o mensageiro, é necessário ativar o chatbot de recado, com custo de lançamento de R$ 12 ao ano, o usuário paga apenas R$ 1 por mês para os primeiros 200 mil que participarem do teste beta da solução.
A compra do chatbot só pode ser feita via chave Pix pessoal. Assim, se cumpre uma exigência legal de que somente o titular do CPF pode ter acesso a informações privadas, com base na Lei Geral de Privacidade (LGPD).
“Dessa forma, criamos um selo verificador e geramos um QR Code para o pagamento, de modo a validar a conta de origem”, explica Melo.
No site, o consumidor encontra as empresas parceiras. Ao todo, já foram 10 milhões de mensagens enviadas pelo chat atreladas diretamente ao CPF dos consumidores.