Opinião

Charge: O palco está preparado para o confronto entre EUA e Irã na ONU

24 set 2019, 16:10 - atualizado em 24 set 2019, 16:10

Por Jesse Cohen/Investing.com

O presidente dos EUA Donald Trump manteve a pressão sobre o Irã quando se dirigiu à Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da instituição nesta terça-feira. Trump fez seu discurso pela sessão da manhã, logo após a fala do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Teerã tem sido amplamente responsabilizada pelos ataques às instalações petrolíferas sauditas em 14 de setembro que abalaram o Oriente Médio, levantaram preocupações em relação à uma guerra mais ampla e dispararam o preço do petróleo.

Trump pediu, durante seu discurso, que os países do mundo aumentem a pressão econômica sobre o Irã, dizendo que nenhuma nação deve apoiar a “sede de sangue” iraniana. “Todas as nações têm o dever de agir”, disse Trump durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “Nenhum governo responsável deve subsidiar a sede de sangue do Irã. Enquanto o comportamento ameaçador do Irã prosseguir, sanções não serão suspensas. Elas serão reforçadas”, acrescentou.

O discurso continuou a pressão retórica do presidente americano sobre os aiatolás. Na semana passada, Trump apertou as sanções econômicas contra o Irã e ordenou o envio de mais tropas dos EUA para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos em uma demonstração de apoio aos principais aliados na região tensa. “Estamos fazendo muita pressão sobre eles, mais pressão do que nunca”, disse ele a repórteres na segunda-feira.

O presidente iraniano Hassan Rouhani também estará presente no evento da ONU. Rouhani deve se dirigir à assembleia na quarta-feira. Antes dos ataques às refinarias saudita, houve muita especulação sobre uma possível reunião entre Trump e Rouhani, cujas chances diminuíram desde então. “Vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres quando questionado sobre a possibilidade de encontrar Rouhani.

Enquanto os preços do petróleo caíam nesta terça-feira, eles permaneciam em níveis comparativamente elevados durante o ano, após o ataque de meio mês à maior instalação de processamento de petróleo da Arábia Saudita, que reduziu pela metade a produção do principal exportador mundial de petróleo.

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