Cesp sobe quase 3% após ver lucro de 2019 chegar a R$ 1,3 bilhão
A Companhia Energética de São Paulo – Cesp (CESP6) – encerrou 2019 com um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, crescimento de R$ 869 milhões em relação ao ano de 2018.
Já o Ebitda Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 752 milhões no mesmo período, com margem de 48%, e um incremento de R$ 249 milhões, comparado ao ano anterior.
Assim, por volta das 10h55, as ações da Cesp operavam com forte alta de 2,60% a R$ 35,53.
De acordo com a companhia, o resultado é reflexo de uma combinação de fatores, com destaque para a gestão do balanço energético e iniciativas voltadas à redução de custos e despesas.
“Estamos passando por um período intenso de revisão da estrutura, processos e sistemas, o que tem proporcionado ganhos significativos em produtividade, redução de custos e rentabilidade.
Como reflexo das iniciativas já implementadas neste processo de turnaround, verificamos 47% de redução nos custos e despesas gerenciáveis no 4º trimestre de 2019 comparado ao mesmo período do ano anterior.”, afirma Mario Bertoncini, Diretor Presidente e de Relações com Investidores da CESP.
Já a Receita Operacional Líquida atingiu R$ 1,6 bilhão no ano, valor 4% inferior ao registrado em 2018 devido à nova estratégia de gestão do balanço energético. Os impactos, todavia, foram parcialmente compensados pelo aumento do faturamento decorrente de reajuste dos contratos nos mercados livre e regulado.
Na gestão do contencioso passivo, como resultado da avaliação individual de casos estratégicos, julgamentos favoráveis à CESP e acordos judiciais com algumas contrapartes, houve redução de R$ 1,5 bi no saldo do passivo contencioso total, sendo R$ 614 milhões nos casos considerados prováveis com uma redução de 25%.
Em 2019, a companhia gerou R$ 92 milhões de fluxo de caixa operacional após o serviço da dívida, com índice de conversão de caixa de 65%, e R$ 330 milhões em fluxo de caixa livre no mesmo período, após o pagamento de contencioso jurídico, endividamento e dividendos.
A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, que atingiu o pico de 4,0x no segundo trimestre do ano, alcançou 1,3x ao final de 2019.
A combinação da forte geração de caixa com o lucro líquido obtido em 2019, permite a proposta de distribuição de dividendos aos acionistas no montante de R$ 606 milhões, representando um payout de 52% e dividend yield de ~6%, com pagamento nos meses de abril e outubro de 2020.