Cerveja e carnes: o que comprar na Bolsa para 2017?
O ano de 2017 será muito melhor para as ações do setor de consumo na Bolsa, aponta um relatório da Citi corretora divulgado hoje. Segundo o analista Alexander Robarts, a estimativa para o crescimento da geração de caixa (Ebitda – Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de 18%.
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“Isso reflete uma virada da queda de 10% esperada para o setor em 2016 e a significativa alavancagem operacional ao dólar do setor vinda da exportação de proteínas”, destaca Robarts. A melhora propriamente dita deve começar mesmo no segundo trimestre do ano que vem, quando o desemprego começa a cair e os salários reais começam a crescer.
Ambev
A fabricante de bebidas pode voltar a ter as margens que tinha em 2015, indica o banco. “A Ambev entra em 2017 com o portfólio de cervejas mais robusto desde sua criação 16 anos atrás, com produtos de rápido crescimento e altas margens – representando quase 25% das vendas”, diz a corretora.
A recomendação é de compra e o preço-alvo foi reduzido de R$ 22,50 para R$ 21 por conta do desempenho abaixo do esperado no segundo semestre.
JBS, Marfrig e BRF
As três empresas de alimentos tiveram os preços-alvos elevados para R$ 15 (+9%), R$ 7 (+7%) e R$ 70 (+2%). JBS e BRF têm recomendação de compra, enquanto a Marfrig manteve a indicação neutra.
Hypermarcas e Natura
As empresas Hypermarcas e Natura devem continuar a sofrer com a perspectiva de gastos com consumo ainda devagar em 2017.
“Elas devem apresentar o crescimento de Ebitda mais lento a/a no setor em 2017. Para Natura, crescimento de 8% depois da queda de 11% em 2016. Para Hyper, crescimento desacelera de 15% em 2016 para 10% em 2017”, conclui o Citi.