Bancos

Cerca de 335 mil empregados de bancos europeus trabalham em casa

30 jul 2020, 13:43 - atualizado em 30 jul 2020, 13:43
Europa União Europeia
Muitos dos maiores bancos europeus divulgaram resultados do segundo trimestre neste mês (Imagem: unsplash/@callmefred)

Líderes de bancos agora revelam outra métrica observada de perto nesta temporada de balanços: o número de pessoas trabalhando em casa.

Muitos dos maiores bancos europeus divulgaram resultados do segundo trimestre neste mês, e como suas forças de trabalho se adaptaram à vida na pandemia se tornou tópico frequente nas teleconferências.

“Cerca de 50 mil dos 65 mil estão trabalhando em cozinhas, home offices e salas de estar em todo o Reino Unido”, disse Antonio Horta-Osorio, diretor-presidente do Lloyds Banking, na quinta-feira.

No Credit Suisse, o quadro é semelhante. O CEO Thomas Gottstein destacou que cerca de 80% da equipe global está fora do escritório.

Bill Winters, do Standard Chartered, disse que escritórios nos EUA e Reino Unido funcionam com menos de 10% da capacidade. Atualmente, cerca de 75% da equipe do Barclays trabalha em casa, enquanto o UBS tinha 80% da força de trabalho mundial em trabalho remoto durante o auge da pandemia.

Estima-se que cerca de 335 mil funcionários em seis dos maiores bancos da Europa estejam trabalhando em casa nos últimos meses, segundo cálculos da Bloomberg.

A maioria dos CEOs diz que gostaria que os funcionários retornassem aos escritórios de alguma forma, embora apenas no longo prazo. “Gostaríamos que nossos colegas retornassem ao escritório”, disse Horta-Osorio, do Lloyds, destacando a necessidade de paciência e prudência.

A volta já começou em algumas regiões. Winters disse que, na China, quase todos funcionários haviam voltado ao escritório.

O executivo disse que retornou pela primeira vez à sede do Standard Chartered em Londres no mês passado e que planeja voltar ao escritório dentro de algumas semanas, começando com uma visita a algumas das operações asiáticas do banco, como Cingapura e Coreia do Sul.

Mas não é um caminho sem volta. Gottstein, do Credit Suisse, disse que a ocupação em Hong Kong aumentou para 65%, mas depois caiu para menos de 20% devido ao aumento de casos de coronavírus. E é improvável que haja retorno de grande número de pessoas ao local de trabalho.

Uma pesquisa interna do Lloyds indicou que a maior parte da força de trabalho gostaria de retornar ao escritório apenas em certa medida, e Horta-Osorio disse em teleconferência que o banco tem se tornado menos dependente do espaço do escritório.

Ele destacou que a maioria dos funcionários continuará trabalhando em casa pelo menos até o fim de setembro

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