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CEOs do Brasil e do mundo estão otimistas para 2022

27 jan 2022, 16:01 - atualizado em 27 jan 2022, 16:01
CEOs do Brasil e do mundo estão otimistas em relação a perspectivas econômicas globais, revela pesquisa da PwC (Imagem: Ahmed Zayan/Unsplash)

Os CEOs do Brasil e do mundo apostam em uma aceleração global da economia em 2022. Há dez anos não era visto um índice de otimismo tão elevado entre as lideranças globais. Os dados estão na 25ª edição da Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC (25th Annual Global CEO Survey), que ouviu mais de 4.400 executivos, em 89 países, com uma participação expressiva de líderes do Brasil.

Assim, o relatório aponta, mais precisamente, que 77% dos CEOs no Brasil e no mundo apostam nessa aceleração do crescimento econômico global. O percentual é recorde entre os líderes globais desde 2012. No Brasil, o otimismo em relação à economia diminuiu, mas permanece elevado. Na edição anterior da pesquisa anual, 85% dos CEOs brasileiros acreditavam em uma melhora da economia local.

Segundo a pesquisa, a instabilidade macroeconômica e a desigualdade social preocupam mais no Brasil do que no resto do mundo, que teme principalmente os riscos cibernéticos e os relacionados à saúde da população. Ainda assim, o otimismo brasileiro é considerado alto e foi provocado, principalmente, pelo aumento dos negócios entre os países e a retomada das viagens e do consumo no mundo.

Nesta edição, a percepção dos brasileiros, historicamente otimista, é semelhante à média global. Para 6% dos respondentes brasileiros, a economia permanecerá estável. 17% acreditam que a economia global deve retrair. No mundo, 7% apostam na estabilidade econômica e 15% esperam por uma desaceleração na economia.

O estudo revela, também, a tendência de um pequeno aumento do otimismo em países como Japão, Índia e Reino Unido, e de redução desta percepção no Brasil, China, Alemanha e EUA. Um dos pontos de atenção é a diminuição no interesse de outros países em fazer negócios com o Brasil nos últimos anos. Desde 2013, o Brasil caiu sete posições no ranking que avalia a importância de um país como mercado estratégico para os CEOs globais.

O estudo revela, também, a tendência de um pequeno aumento do otimismo em países como Japão, Índia e Reino Unido, e de redução desta percepção no Brasil, China, Alemanha e EUA (Imagem: Jaime Lopes/Unsplash)

No longo prazo, as expectativas para as receitas são ainda maiores entre os executivos no Brasil. Com a perspectiva de um maior consumo de produtos e serviços para os próximos três anos, a previsão é de aumento de receita para 84% dos CEOs brasileiros de Serviços Financeiros, 83% de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações, de 80% para os executivos do Agronegócio e de 74% do setor de Consumo.

Visando os próximos passos, a maioria dos CEOs no Brasil e no mundo tem metas relacionadas à satisfação do cliente, engajamento de funcionários e automação ou digitalização incluídas em suas estratégias de longo prazo, quando questionados sobre resultados não financeiros vinculados ao desempenho do negócio.

Entretanto, metas relacionadas à diversidade de gênero, redução de emissões de CO2 e índices de representatividade étnica foram mencionadas por 13% ou menos dos CEOs como parte do seu plano de remuneração variável. A pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) realizada com 209 gestoras de recursos confirma esse cenário.

Ela aponta que os critérios ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês) mais observados pelas gestoras de recursos são a transparência (92%) e a ética (92%), que fazem parte do G de governança. Isso reflete o fato de que, historicamente, o mercado está mais acostumado a relacionar a gestão das empresas ao seu desempenho financeiro, enquanto aspectos ambientais e sociais passaram a ser contemplados recentemente.

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