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CEO do Itaú (ITUB4): ‘Temos condição de competir com qualquer fintech’

25 jun 2024, 13:27 - atualizado em 25 jun 2024, 13:27
Milton Maluhy Filho
“Hoje, a gente já está numa condição de competitividade completamente diferente, velocidade, agilidade, interpretação das dores do cliente”, explicou o executivo (Imagem: Divulgação/ Itaú)

O CEO do Itaú (ITUB4), Milton Maluhy Filho, acredita que o banco, que tem como principal desafio competir com a agilidade e o baixo custo dos bancos digitais, está em condições de competir qualquer fintech. A fala ocorreu em conversa com jornalistas na Febraban Tech, em São Paulo. Segundo o executivo, o banco investiu pesado em tecnologia nos últimos anos e, agora, colhe os frutos.

“Hoje, a gente já está numa condição de competitividade completamente diferente, velocidade, agilidade, interpretação das dores do cliente, trabalho de uma forma muito mais rápida e estruturada, então os benefícios são todos, acho que a gente está em condições de igualdade para competir, naturalmente tendo ainda oportunidades de avanço e melhoria”, explicou. 

Desde 2014, pelo menos, os bancões sofrem com a enxurrada de novas fintechs que invadiram o mercado, entre eles o Nubank.

No mês passado, o roxinho chegou a ultrapassar o valor de mercado do banco. O valor de mercado da fintech somou R$ 297 bilhões, enquanto o do Itaú ficou em R$ 288 bilhões, segundo dados da Elos Ayta Consultoria.

Em relatório, a XP lembra que a fintech, que já ultrapassou os 10 anos de história, tem apresentado taxas de crescimento substancialmente maiores que o Itaú.

Apesar disso, os analistas lembram que a capitalização de mercado reflete o preço das ações e não necessariamente o valor das empresas.

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Inteligência artificial e o Itaú

Para o executivo, a inteligência artificial se tornou algo irreversível e mudará não somente o sistema bancário, como o mundo.

“Vai impactar a forma como as pessoas fazem as suas atividades, tomam suas decisões, tem acesso a informações, então isso é uma mudança global, não é uma mudança do setor e o setor, como todos os outros, tem que estar à frente, tem que entender o que isso traz de oportunidade, qual é o potencial, como é que você traz vantagens comparativas”, afirmou.

Na visão de Milton, os potenciais da IA são infinitos. Ele recorda que o tema surgiu há pouco tempo e já se tornou um das principais tendências do setor. E para Maluhy, é só o começo dessa revolução que o Itaú, inclusive, se propõe a liderar.

“Temos um time mobilizado trabalhando nisso todos os dias e sempre entendendo qual é o valor agregado. Não é a IA pela IA, não é a competição mundial de inteligência artificial, mas como é que a gente traduz essa tecnologia, traduz essa velocidade em melhores soluções, em melhor atendimento para os nossos clientes, é disso que a gente está falando”, completa.