CEO do Goldman nega ‘preconceito de gênero’ e defende Apple Card
O presidente do Goldman Sachs, David Solomon, negou veementemente as alegações de clientes de que os limites de crédito para o Apple Card são estabelecidos com preconceito de gênero. O executivo prometeu abordar a polêmica causada nas redes sociais e a reação de políticos com mais transparência na tomada de decisões.
“Não há preconceito de gênero em nosso processo de concessão de crédito”, disse Solomon à Bloomberg TV em entrevista na quinta-feira, durante o Fórum da Nova Economia, em Pequim. “Não há dúvida de que candidatos diferentes podem obter resultados diferentes, e isso pode ocorrer por vários motivos.”
A defesa contundente do cartão por Solomon sinaliza confiança diante de demandas de alguns congressistas dos Estados Unidos, incluindo a presidenciável do Partido Democrata Elizabeth Warren.
Os políticos querem que a empresa forneça mais informações para identificar se os sistemas do banco poderiam estar reforçando décadas de preconceito de gênero no momento de emissão do cartão.
O empresário de tecnologia David Heinemeier Hansson desencadeou a polêmica com um tuíte viral, dizendo que seu limite de crédito era 20 vezes mais alto que o de sua esposa, mesmo tendo uma pontuação de crédito mais baixa que ela e declarado a mesma renda.
“Vamos trabalhar ao longo do tempo para oferecer mais transparência aos nossos clientes”, disse Solomon. O executivo elogiou o cartão, criado em parceria com a Apple, por permitir que os consumidores saibam imediatamente se o pedido foi aprovado.
“Estamos comprometidos em trabalhar com a Apple para melhorar essa transparência, para que seja um produto único e diferenciado.”
O Goldman disse anteriormente que não leva em consideração o sexo ou o estado civil dos consumidores ao determinar a capacidade de pagamento.
Segundo o banco, os membros da família poderão compartilhar uma linha de crédito do Apple Card. O Goldman também disse que a discussão do tópico com membros do governo e reguladores é bem-vinda.
O Fórum da Nova Economia está sendo organizado pelo BloombergMedia Group, uma divisão da Bloomberg LP, controladora da Bloomberg News.