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CEO da Pfizer chama plano de preços de medicamentos nos EUA de “negociação com arma apontada para sua cabeça”

11 maio 2023, 20:00 - atualizado em 11 maio 2023, 20:00
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Os medicamentos que provavelmente estarão entre os primeiros objetos de negociação incluem o tratamento de câncer de mama Ibrance, da Pfizer, e o anticoagulante Eliquis, que a Pfizer compartilha com a Bristol Myers Squibb (Imagem: REUTERS/Jeenah Moon)

O presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, chamou os planos dos Estados Unidos de negociar preços de medicamentos para seu programa de saúde Medicare de uma “negociação com uma arma na sua cabeça” e disse que espera que as farmacêuticas entrem com medidas judiciais para tentar interromper o processo.

“Não é negociação de forma alguma. É fixação de preços”, disse Bourla em um evento de notícias da Reuters na quinta-feira, referindo-se à assinatura da reforma de preços de medicamentos do governo Biden, parte da Lei de Redução da Inflação (IRA). A lei visa economizar 25 bilhões de dólares por meio de negociações de preços até 2031 para os norte-americanos que pagam mais para medicamentos do que qualquer outro país.

A indústria farmacêutica diz que a lei, aprovada no ano passado, resultará em uma perda de lucros que forçará os fabricantes de medicamentos a recuar no desenvolvimento de novos tratamentos inovadores.

As empresas começaram a preparar o terreno para combater a Plano dos EUA, informou a Reuters no início desta semana.

“Acho que haverá uma ação legal”, disse ele, acrescentando que não tinha certeza se isso interromperia o plano antes de os novos preços entrarem em vigor em 2026. Bourla disse que também não está otimista de que o Congresso vá agir para mudar a lei.

Os medicamentos que provavelmente estarão entre os primeiros objetos de negociação incluem o tratamento de câncer de mama Ibrance, da Pfizer, e o anticoagulante Eliquis, que a Pfizer compartilha com a Bristol Myers Squibb.

Bourla reconheceu alguns aspectos positivos da lei para pacientes, como custos mais baixos de medicamentos.

reuters@moneytimes.com.br