CEO da Panini fala sobre aumento dos preços do álbum da Copa do Mundo; figurinhas estão custando o dobro
Com a aproximação da Copa do Mundo de 2022, – a competição foi antecipada para 20 de novembro – a torcida já está se preparando para entrar em campo e a venda de produtos, como o popular álbum de figurinhas, já começou.
Para o novo CEO da Panini, Ivam Faria, assumir em ano do torneio é muito simbólico, “pois o evento é um dos grandes sucessos da empresa em termos de álbuns, e mobilizará a Panini ao longo de todo o segundo semestre, sendo assim um desafio importante para toda a equipe”.
Ivam atuou como diretor de Operações da Panini no Brasil, foi CEO da Panini no México por 8 anos e nos últimos dois anos foi o CEO da região LATAM para o Grupo Panini, agora assume também o Brasil. Ele tem como objetivo desenvolver novos projetos, implementando “principalmente o que eu aprendi lá fora”.
Além da Copa do Mundo
O executivo explica que fazer o IPO não é uma ideia para a companhia. O Grupo Panini foi criado há quase 60 anos em Modena, Itália e possui subsidiárias em toda a Europa, América Latina e Estados Unidos.
A empresa é líder mundial no setor de colecionáveis e publicações e a principal editora multinacional de quadrinhos, revistas infantis e mangás na Europa e na América Latina. Ela possui canais de distribuição em mais de 150 países e conta com uma equipe de mais de 1.200 pessoas.
Algo que o CEO considera que ajuda ao trazer inovação para um setor tradicional e com produtos consolidados, “você não tem que explicar muito”.
Álbum mais caro (e as figurinhas também)
O álbum da Copa do Mundo de 2022 custa R$ 12 na versão tradicional, mas também está disponível em capa dura no valor de R$ 44,90.
Este ano o tradicional passatempo pode pesar no bolso. Além do livro ilustrativo mais caro, os pacotes de figurinhas, com cinco unidades, custarão R$ 4, o dobro dos R$ 2 que custaram na última edição do torneio, em 2018.
Ao todo, o álbum da Copa deste ano contará com 670 figurinhas. Para isso, será necessário investir pelo menos R$ 548 para comprar um livro da versão tradicional e 134 pacotinhos (R$ 536, com cada cromo avaliado em R$ 0,80), isso se tiver sorte e conseguir trocar todos os adesivos repetidos.
Com o preço dobrando a cada ano da competição, os fãs buscam entender esses aumentos que são percebidos a mais de 10 anos. Este ano, o colecionador mais sortudo deve gastar R$ 2.168 para completar o álbum e o mais azarado R$ 9.560, com base em uma simulação de 100 mil casos.
As figurinhas e a experiência
As figurinhas da edição de 2022 retratam atletas das 32 seleções classificadas para a fase final da Copa, além de arenas, logos das federações, mascote e bola oficial. Também tem a seção de grandes campeões de edições de mundiais anteriores, que homenageia ícones dessas equipes.
São 50 figurinhas especiais e 80 cromos extras, com variações de cores (base, bronze, prata e ouro) que estão distribuídos aleatoriamente nos envelopes.
A Panini anunciou que irá disponibilizar conteúdos extras que irão extrapolar o álbum físico. Pelo aplicativo “My Panini”, os consumidores poderão interagir com versões virtuais das figurinhas, criar versões personalizadas e participar de promoções de marcas parceiras.
Justificando os aumentos
Segundo o CEO da Panini, o valor para o Brasil é “alinhado” ao praticado no restante dos países da América Latina, seguindo as regras de “equiparação de preços” estipuladas pela Fifa, órgão organizador do mundial.
De acordo com a calculadora do Banco Central, se o valor do pacote de figurinhas fosse corrigido pelo IPCA no período de 2018 a 2022, cada pacote sairia de R$ 2 para R$ 2,59, representando uma alta de 29,59%.
Mesmo que o pacote fosse corrigido pelo indicador de inflação IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), as figurinhas custariam neste ano R$ 3,50, o que representa um aumento de 74,98%. Ainda assim, considerando esses tradicionais indicadores, o preço seria menor do que os R$ 4 divulgados.
Ivam explica que “todos os preços da América Latina estão semelhantes ou, inclusive, maiores, dependendo da questão fiscal e logística” e pontua “a gente não subiu agora, a gente teve que subir ao longo do tempo. Se você olhar o preço do envelope do ano passado no campeonato brasileiro comparado agora com o mundial, a diferença é bem pequena”.
Siga o Money Times no Instagram!
Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Sete dias por semana e nas 24 horas do dia, você terá acesso aos assuntos mais importantes e comentados do momento. E ainda melhor, um conteúdo multimídia com imagens, vídeos e muita interatividade, como: o resumo das principais notícias do dia no Minuto Money Times, o Money Times Responde, em que nossos jornalistas tiram dúvidas sobre investimentos e tendências do mercado, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!