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CEO da Coinbase explica como ferramenta analítica pode agradar reguladores

24 jul 2020, 12:00 - atualizado em 24 jul 2020, 12:00
A plataforma Coinbase Analytics surgiu após a controversa aquisição de Neutrino que, anteriormente, havia sido fundada por membros da empresa italiana de espionagem Hacking Team (Imagem: Crypto Times)

Coinbase, corretora de criptoativos sediada em São Francisco, é bem-conhecida por ser uma das principais plataformas de negociação nos EUA, mas um outro serviço relativamente novo sempre aparece nas manchetes: Coinbase Analytics.

O produto licencia o software de dados e análises da Coinbase para antilavagem de dinheiro (AML) para terceiros, incluindo agências governamentais, o que causou a ira em diversos envolvidos do mundo cripto.

Em uma edição recentedo podcast What Bitcoin Did, o apresentador Peter McCormick perguntou a Brian Armstrong, CEO da Coinbase, se o novo serviço estava em conflito com o ethos do bitcoin.

“Sou um grande apoiador da privacidade”, disse Armstrong.

Ele afirmou que o produto apoia o principal negócio da Coinbase de negociação de criptoativos já que inspira “boa fé” aos reguladores ao também transformá-los em clientes. Isso também diminui a possibilidade de que iriam investigar a Coinbase sobre dados específicos de usuários.

“Se disséssemos a eles: ‘ei, quer saber? Cai fora’ como se não quiséssemos ajudá-los e desenvolvêssemos uma relação hostil com eles, só irão nos exigir ainda mais dados”, explicou ele.

Registros mostram que a Administração para o Controle de Drogas (DEA) dos EUA e o Serviço Interno de Receita (IRS) desejavam adquirir a Coinbase Analytics. Em seguida, registros públicos mostraram que a Coinbase firmou acordos com o Serviço Secreto e o IRS para usarem as ferramentas de software.

Armstrong acrescentou que o serviço é comum e se essas agências não fossem um cliente da Coinbase, conseguiriam esses dados facilmente em outro lugar.

“A questão é que isso não me preocupa porque eles têm muitas opções de onde obter essas informações. Existem três ou quatro grandes empresas de análise em blockchain”, disse ele.

“Eles até podem criar suas próprias ferramentas, pois são dados disponíveis publicamente. Então, eles irão fazê-lo de uma forma ou de outra.”

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