Agronegócio

Centro-sul tem maior moagem de cana e recorde em etanol hidratado na 2ª metade de agosto

10 set 2019, 14:39 - atualizado em 10 set 2019, 14:39
As usinas alocaram apenas 36,5% da cana colhida na segunda metade de agosto para a produção de açúcar (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

As usinas do centro-sul do Brasil aumentaram a moagem de cana em quase 10% na comparação anual na segunda quinzena de agosto, para 47,8 milhões de toneladas, enquanto a produção de etanol hidratado teve um recorde no período, disse nesta terça-feira a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica).

O clima seco no final de agosto ajudou as usinas a avançarem rapidamente com a colheita da safra 2019/20. A produção de açúcar no período somou 2,5 milhões de toneladas, alta de 5,47% ante mesmo período do ano passado.

A produção de etanol saltou 10,5% ante mesma quinzena de 2018, para 2,72 bilhões de litros, com as usinas ainda favorecendo o combustível ao invés do adoçante devido aos melhores retornos financeiros.

Os futuros do açúcar bruto em Nova York tocaram mínimas contratuais na semana passada, abaixo dos 11 centavos por libra-peso, à medida que fundos seguem amplamente vendidos na commodity e os estoques globais pressionam os preços.

As usinas alocaram apenas 36,5% da cana colhida na segunda metade de agosto para a produção de açúcar, contra 37,6% no mesmo período da temporada anterior. O restante foi para a produção de etanol.

Com isso, a produção de etanol hidratado, que compete com a gasolina nas bombas, avançou 14,06% na comparação anual, para 1,925 bilhão de litros na segunda quinzena de agosto, um recorde histórico, segundo a Unica.

“Nunca se produziu tanto etanol hidratado como nessa quinzena”, destacou em nota o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues.

A associação destacou, no entanto, uma forte queda na produção de etanol de milho, que vinha tendo significativa expansão no Brasil nos últimos meses.

As usinas produziram apenas 26,5 milhões de litros de etanol de milho na segunda metade de agosto, contra uma produção média de 48 milhões de litros por quinzena na atual temporada.

A Unica não deu explicações para a queda, mas os preços do milho subiram neste ano no Brasil devido a problemas na safra dos Estados Unidos e uma forte demanda por exportação.

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