Centauro tem espaço de sobra para ganhar mais participação de mercado nos próximos anos, afirma BTG
A Centauro (CNTO3) reportou números fracos na noite desta quinta-feira (13), como o BTG Pactual (BPAC11) já esperava. A companhia encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 102,2 milhões, revertendo o lucro de R$ 111,8 milhões registrado no mesmo período de 2019.
A receita líquida teve queda anual de 56,1%, enquanto o Ebitda atingiu o saldo negativo de R$ 46,7 milhões.
O SSS (vendas nas mesmas lojas) das operações físicas despencou 89%, em linha com as projeções do banco. A Centauro não interrompeu suas iniciativas omnichannel, que começaram a surtir efeito e levaram a uma recuperação em julho, com o SSS caindo 41% e o volume bruto de mercadorias online crescendo 129%.
Consolidação
A pressão sobre a Centauro deve permanecer no curto prazo, mas existem motivos para acreditar no potencial da companhia.
“Dada a sólida estrutura de capital da Centauro (posição de caixa de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre), sua proposta omnichannel e a posição de liderança em um segmento de artigos esportivos muito fragmentado no Brasil, vemos espaço de sobra para a empresa continuar ganhando participação de mercado nos próximos anos (online e offline), principalmente em relação aos players pequenos”, defenderam os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi.
A recomendação do BTG para o nome é de compra, com preço-alvo em 12 meses de R$ 42.