Centauro, da SBF, mostra recuperação em “V” e arranca elogios dos analistas
O Grupo SBF (SBFG3), que controla as operações da Centauro, mostrou uma recuperação em “V” na retomada do comércio no pós-coronavírus e arrancou elogios dos analistas consultados pelo Money Times após a apresentação do balanço.
A empresa lucrou R$ 221 milhões no terceiro trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 33 milhões do ano passado, mostra documento enviado ao mercado na quinta-feira (11). Além disso, o número superou em 475% o lucro do terceiro trimestre de 2019, período pré-pandêmico.
“A companhia entregou uma curva de recuperação muito mais acentuada do que o esperado originalmente – a chamada recuperação em ‘V’ – , o que nos surpreendeu positivamente”, avalia Georgia Jorge, do BB Investimentos.
Ela lembra que as ações da SBF têm perdas de 12,6% desde o início do ano, o que reflete uma preocupação do mercado com a piora do cenário macroeconômico e os efeitos negativos sobre as vendas e rentabilidade.
“Ao nosso ver, diante dos robustos resultados que o Grupo SBF tem apresentado trimestre após trimestre, sinalizando uma companhia capaz de entregar a construção de um ecossistema esportivo, conforme sua estratégia atual, essa preocupação não se justifica”, diz.
Ela manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 43,30.
“Este é um resultado marcante do Grupo SBF, com rápida recuperação das vendas da Centauro (+24% na comparação com o mesmo período de 2019), ao lado de margem bruta superior, demonstrando a força do modelo de negócios e a execução da empresa. Os comentários da administração são cheios de confiança e é claro que a empresa “saiu da Covid” em uma posição mais forte do que entrou na pandemia”, comentam Richard Cathcart e Flavia Meireles, da Ágora Investimentos e Bradesco BBI.
O banco elevou o preço-alvo para os papéis de R$ 34 para R$ 35 e reiterou a indicação de compra.
“Com sua posição de liderança em um mercado de artigos esportivos muito fragmentado e uma estrutura de capital sólida, vemos muito espaço para ganhos de participação de mercado, que, juntamente com uma plataforma multicanal de rápido crescimento e a operação da Nike, sustentam nossa visão positiva sobre o nome”, apontam Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis, do BTG.
A indicação é de compra e preço-alvo de R$ 46.
A média dos preços-alvo dos analistas consultados ficou em R$ 41,43. O valor sugere um potencial de valorização de aproximadamente 52%.