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Cenoura, tomate e cebola: Quando o preço desses produtos vai baixar?

08 abr 2022, 20:36 - atualizado em 08 abr 2022, 22:12
Cenoura Tomate e Cebola
Cenoura não ajuda e inflação geral é a maior dos últimos 28 anos (Imagem: Pixabay)

A inflação não deixa o brasileiro em paz. Em março, a cenoura disparou 31,47%, o tomate avançou 27,22% e a cebola subiu 13,84%. No acumulado de 12 meses, o preço da cenoura saltou 166,17%.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,62% em março, maior taxa dos últimos 28 anos.

Será que essa disparada dos preços vai ter fim? Para responder essa dúvida, o Money Times conversou com três economistas, que trazem boas e más notícias.

Cenoura, tomate e cebola terão uma aliviada

Para Alberto Azjental, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a tendência é de uma possível melhora no curto prazo, principalmente da cenoura e do tomate.

“Os produtos estão saindo da época da safra (melhor período de produção e colheita), mas essa faze foi prejudicada pelas chuvas em excesso que tivemos no começo do ano”, diz o economista.

Ele explica que, mesmo que a cenoura e o tomate entrem na entressafra, a falta de oferta atual do produto tende a fazer com que a produção de uma melhorada e que ocorra uma melhora dos preços nos próximos meses.

Preço pode não ser confortável até o final do ano

Juliana Inhasz, economista do Insper, tem um tom positivo para os três itens em foco, mas alerta para um sofrimento geral do consumidor.

“A cenoura, a cebola e o tomate devem sim ter uma diminuição nos preços, justamente pela melhora climática. No entanto, os preços dos alimentos em geral devem continuar crescendo em uma proporção difícil para o consumidor”, explica.

Para ela, a alta geral dos alimentos está ligada a dois fatores, o primeiro é a disparada dos combustíveis, que aumenta os custos com o transporte dos itens.

“Um segundo fator é que a inflação está atingindo a todos e diversas categorias podem pedir reajuste salarial. Esse aumento de salário, em vários segmentos, pode pressionar ainda mais o preço dos alimentos, pois os custos aumentam”, diz.

Inflação é persistente

Para André Perfeito da Necton, a inflação veio para ficar, principalmente após os números de hoje, que assustou muito analistas.

“A inflação veio muito acima das exceptivas e a situação está muito ruim, tendo em vista que 77% dos itens dispararam no último mês, ou seja, teremos uma inflação bem persistente até o final do ano”, afirma André Perfeito.

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