ImóvelTimes

Juros e inflação em alta tornam 2025 mais desafiador para as construtoras, diz analista; veja quais ações comprar

21 jan 2025, 13:53 - atualizado em 21 jan 2025, 13:53

As empresas do setor de construção civil já divulgaram as prévias de resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24), com números satisfatórios para o mercado. Caio Araújo, analista da Empiricus Research, destacou o crescimento do segmento de baixa renda, mas fez alerta para 2025 no Giro do Mercado nesta terça-feira (21).

Apesar do ano positivo, fatores como juros e inflação devem tornar 2025 mais desafiador. “A Caixa [Econômica Federal] no ano passado restringiu o percentual de parcela de entrada, os bancos realizaram altas subsequentes no custo de financiamento imobiliário e isso tende a afrouxar a demanda por novos empreendimentos”, disse.

O analista ainda não vê sinalização de desaceleração do mercado imobiliário que afete os resultados do 4T24. Na visão dele, um ponto a ser levado em consideração em caso de impactos negativos é a sazonalidade, já que há uma certa desaceleração de vendas no período de férias.

O grande destaque do setor fica para as empresas do segmento de baixa renda. “Nestes casos, a grande maioria teve um recorde histórico de VGV (Valor Geral de Vendas) lançado e VGV vendido no final de 2024, muito fundamentado pelo Programa Minha Casa Minha Vida e pelo financiamento utilizando o FGTS”, afirmou Araújo. 

De acordo com o analista, um dos principais indicadores apontados nas prévias operacionais é o de Venda Sobre Oferta (VSO), que traz uma percepção da velocidade de vendas, mostrando como está a absorção dos lançamentos em um período de 12 meses.

“Esse indicativo vem favorável para algumas empresas há alguns semestres. Eu destaco principalmente a Direcional (DIRR3), na casa de 20% de VSO, e também Cury (CURY3), que tem apresentado um nível de VSO bem interessante”, disse.

Para Araújo, as ações mais recomendadas no momento são a Direcional (DIRR3), com resultados excepcionais e alta expectativa por bons dividendos, segundo ele; e a Cyrela (CYRE3) no segmento de média e alta renda, considerada mais sensível aos movimentos do mercado.

O analista detalhou as perspectivas para o setor e comentou as prévias de outras construtoras. Acesse o canal do Money Times no YouTube para assistir ao programa na íntegra.

gustavo.silva@moneytimes.com.br