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Cenário internacional é positivo para proteína Animal Brasileira, afirma ABPA

17 dez 2021, 10:21 - atualizado em 17 dez 2021, 10:21
Suínos
Santin destacou os focos de peste suína africana e casos de influenza aviária identificados pelo mundo como uma oportunidade para o País (Imagem: REUTERS/Tom Polansek)

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse nesta quinta-feira (16) em coletiva de imprensa, que o cenário internacional para a carne brasileira em 2022 permanece muito positivo e vai capturar mais oportunidades no mercado externo em 2022. “Nos Estados Unidos, o consumo está crescendo, o que diminui a sua competitividade no mercado externo.”

Santin destacou os focos de peste suína africana e casos de influenza aviária identificados pelo mundo como uma oportunidade para o País. “O Brasil terá maiores chances frente aos seus concorrentes no mercado internacional, além de continuar livre, sem nunca ter registrado nenhum caso de influenza aviária.”

Em relação à China, Santin disse que o país continua avançando na recomposição do seu plantel de suínos, dizimado pela peste suína africana.

Apesar disso, ele ressaltou que o consumo também vai aumentar no país. “Vemos uma retomada no segundo trimestre de 2022 de carne suína pela China, não só em volume, mas também em preços.” Nesse aspecto, ele reconheceu que o Brasil continua tendo uma parcela importante do mercado chinês, especialmente com as projeções de crescimento nos embarques.

Rússia

Ricardo Santin afirmou, ainda, que o Brasil terá a maior chance de capturar exportações para a Rússia em 2022. “Perduram embargos políticos para os Estados Unidos e Europa, com isso, o Brasil, por ser uma das grandes nações exportadoras, vai ser quem terá a maior chance de capturar essa oportunidade que a Rússia fixou e que pode até ser maior dependendo do andamento do aumento de consumo da Rússia e de casos de peste suína africana (PSA).”

De acordo com Santin, a Rússia passou de concorrente para cliente. “As exportações de carne suína russa caíram de maneira bastante acentuada em maio e abril do ano passado, principalmente por conta da PSA, em alguns pontos do país, e também pelo aumento da demanda doméstica, já que a carne suína é a principal proteína consumida pelos russos.”

Santin comenta que mesmo sem a cota disponibilizada pela Rússia, de importação de 100 mil toneladas de carne suína, com potencial de gerar receita de mais US$ 200 milhões, as exportações brasileiras para o país vinham crescendo. “Entre julho, setembro e, agora em novembro, os embarques já vinham aumentando.”

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