Mercados

Ibovespa volta aos 108 mil pontos e se aproxima de máxima; bancos e Petrobras saltam

24 nov 2020, 12:39 - atualizado em 24 nov 2020, 12:39
Ibovespa
Os investidores esperam para breve uma nova rodada de estímulos fiscais (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista começava a terça-feira com o Ibovespa em alta, apoiado principalmente no forte avanço de bancos e Petrobras, além do viés positivo externo com noticiário recente promissor sobre uma vacina contra o coronavírus, e de sinais favoráveis sobre a transição de governo nos Estados Unidos.

Às 12:39 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 1,45%, a 108.987,63 pontos. Na máxima, ultrapassou 108 mil pontos, o que não acontecia desde o começo de março, antes da decretação de quarentenas no Brasil para combater a pandemia de Covid-19.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na segunda-feira que pediu que a diretora da Agência de Serviços Gerais (GSA), Emily Murphy, inicie a transição de poder para o governo do presidente eleito Joe Biden, apesar de seus planos de continuar com as disputas jurídicas contra o resultado da eleição.

Biden, por sua vez, indicou o ex-secretário de Estado John Kerry para o cargo de enviado especial do Meio Ambiente, em um sinal de que está colocando a questão no centro de sua política externa. Outros potenciais nomes para a sua equipe também repercutiram nos mercados na véspera.

Do noticiário sobre vacinas contra o coronavírus, a Rússia anunciou nesta terça-feira que sua vacina Sputnik V custará menos de 20 dólares por pessoa em mercados internacionais e será gratuita para cidadãos russos.

No exterior, os futuros acionários nos EUA avançavam, assim como os pregões na Europa e os preços de commodities como o petróleo, enquanto o dólar recuava ante uma cesta de moedas

Destaques

Bradesco BBDC4
Ações do Bradesco figuram entre as maiores altas do Ibovespa (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) subiam 4% e 2,87%, respectivamente, em movimento que analistas têm atrelado a uma rotação nos portfólios, para ações ‘cíclicas’ e de ‘valor’, em detrimento de papéis de ‘crescimento’ e ‘tecnologia’.

Petrobras (PETR4) avançava 3,9%, também beneficiada pela rotação de portfólios, além da alta dos preços do petróleo no exterior. A estatal realizará evento com investidores em 30 de novembro e 1º de dezembro, quando apresentará o novo plano estratégico de 2021-25.

Iguatemi (IGTA3) valorizava-se 3,47%, em sessão de recuperação de shopping centers, ajudada por relatório do Credit Suisse, atualizando projeções para o setor e mantendo a visão positiva para as empresas conforme a recuperação está ganhando forma a um ritmo mais rápido do que o esperado.

Carrefour Brasil (CRFB3) tinha acréscimo de 0,16%, em sessão volátil. O grupo anunciou mais cedo fundo contra o racismo, entre outras medidas, depois do assassinato de um cliente em uma loja na semana passada. Na véspera, a companhia perdeu 2 bilhões de reais em valor de mercado.

Magazine Luiza (MGLU3) caía 1,54%, diante da continuidade do ajuste negativo em papéis associados a comércio eletrônico. B2W (BTOW3) perdia 1,23% e Via Varejo (VVAR3) recuava 1,12%.

Totvs (TOTS3) mostrava declínio de 1,9%, com o setor de tecnologia ainda sofrendo com ajustes, além da fracassada tentativa de comprar a Linx (LINX3), que preferiu fechar acordo com a Stone (STNE).

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