Cenário econômico favorece investimento em FIIs de tijolo
Por Christiano Moreira*
O momento atual é interessante para investimentos em fundos de tijolo. Tudo indica que estamos próximos do ápice do nível da taxa básica de juros, considerando o arrefecimento do IPCA no mês de julho. Além disso, temos visto consecutivas revisões positivas do PIB para 2022.
Essas são duas das principais variáveis econômicas que influenciam o valor dos ativos imobiliários. Uma das formas mais comuns de realizar o valuation de ativos imobiliários é calcular o aluguel dos próximos 12 meses e dividir por uma taxa de desconto (Cap Rate) apropriada para o ativo.
Dessa forma, o PIB tem uma correlação positiva com o numerador dessa equação (aluguel), enquanto a taxa básica de juros tem uma forte correlação positiva com o denominador (Cap Rate).
Ademais, o custo de reposição dos imóveis aumentou consideravelmente nos últimos 24 meses. Dessa forma, em algum momento deverá ocorrer uma equalização com os valores dos ativos prontos e, consequentemente, com as cotas de fundos de tijolo.
Visão da Devant
Na visão da Devant, caso essas tendências econômicas (juros com viés de baixa e PIB com viés de alta) se concretizarem, deve ocorrer uma valorização das cotas dos fundos imobiliários de ativos reais de forma geral.
Seja de fundos de lajes corporativas, que estão com as cotas bem comprimidas e próximas das mínimas históricas, ou dos fundos de logística, setor no qual a oferta de novos galpões chegará com elevados custos de reposição.
Contudo, para que o investidor obtenha um bom carrego mensal em relação ao custo de oportunidade, é importante selecionar fundos imobiliários que tenham ativos bem localizados, com boas especificações técnicas e com altos níveis de retorno.
*Christiano Moreira é sócio e gestor da Devant Asset
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