Cenário de preços mais baixos do milho é ruim para SLC Agrícola e bom para BRF e JBS
Dentro de um cenário de preços mais baixos do milho, a SLC Agrícola (SLCE3) sai prejudicada e as produtoras de proteínas BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3) acabam ganhando, afirmou a Ágora Investimentos.
Embora os analistas não vejam uma pressão significativa para baixo nos preços do cereal no médio prazo com a suspensão da proibição das exportações do alimento pela Argentina, a corretora apresentou recomendação neutra e preço-alvo de R$ 21 para as ações da SLC e indicou a compra dos papéis das frigoríficas, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 28 e R$ 33.
Na última semana de dezembro, a Argentina paralisou temporariamente as exportações de milho em uma tentativa de controlar os preços domésticos dos alimentos. A paralisação do terceiro maior fornecedor mundial do cereal tinha duração de dois meses, mas o governo argentino recuou na decisão por conta do descontentamento dos agricultores na indústria de grãos do país com a medida restritiva.
Segundo a Ágora, a perspectiva de impacto limitado sobre os preços parte da decisão do governo argentino de limitar as vendas do milho ao exterior a 30 mil toneladas diárias.
“Considerando os números para o atual temporada, a média diária de exportação deve ser de aproximadamente 95 mil toneladas”, destacaram os analistas Leandro Fontanesi, Ricardo França e Flávia Meireles.
Além disso, as exportações totais do alimento pela Argentina devem registrar queda de 8% em 2020/21 ante 2019/20.