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Cemig tem alta de 245% no lucro do 1º tri e colherá venda da Renova no 2º tri

16 maio 2022, 10:53 - atualizado em 16 maio 2022, 14:12
Cemig
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu 1,92 bilhão de reais entre janeiro e março, 3,9% superior na comparação anual (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Cemig (CMIG4) reportou um lucro líquido de 1,46 bilhão de reais no primeiro trimestre deste ano, alta de 245% se comparado ao registrado em igual período de 2021, e terá impacto positivo de mais de 370 milhões de reais da venda da fatia na Renova Energia (RNEW11) no resultado do segundo trimestre, disse a elétrica nesta segunda-feira.

O desempenho do primeiro trimestre foi impulsionado principalmente pelo resultado financeiro, que ficou 314 milhões de reais positivos no último trimestre, ante 1,265 bilhão negativos um ano antes.

Em relatório que acompanha o balanço, a estatal mineira afirmou que essa variação do resultado financeiro tem relação direta com o comportamento do dólar, que caiu 15,1% no primeiro trimestre deste ano e subiu 9,6% no mesmo período do ano passado.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu 1,92 bilhão de reais entre janeiro e março, 3,9% superior na comparação anual.

A companhia destacou o aumento de 26,7% do Ebitda de sua subsidiária de geração e transmissão, para 944,5 milhões de reais, enquanto o indicador da distribuidora reduziu 12,2%.

Em teleconferência para comentar os resultados do trimestre, o diretor financeiro da Cemig, Leonardo Magalhães, disse que a alienação da participação do grupo na Renova Energia, concluída neste mês, terá um efeito total de 372 milhões de reais sobre o resultado da Cemig no segundo trimestre.

Segundo Magalhães, o desinvestimento reforça o compromisso da estatal em concentrar sua atuação nos negócios essenciais e em investir no Estado de Minas Gerais.

Ainda durante a teleconferência, a elétrica reafirmou sua expectativa de avançar com a venda da fatia na Taesa, prevista para ocorrer ainda em 2022. No entanto, a modelagem dessa alienação ainda não está fechada, afirmaram executivos da Cemig.

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Reajuste e revisão tarifária

A distribuidora da Cemig, uma das maiores do país, passará por reajuste de suas tarifas no fim deste mês, em meio a pressões no Congresso para suspender reajustes de dois dígitos já aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica para vários Estados em 2022.

À Reuters, Magalhães disse que a companhia não espera nenhuma anormalidade nesse processo no âmbito do regulador. “Entendemos que o processo segue o rito que acontece todo o ano”, afirmou, sem comentar sobre a movimentação que ocorre no Congresso.

Ele destacou ainda que a Cemig tem uma expectativa muito positiva para a revisão tarifária que acontecerá em 2023, processo em que o regulador faz uma revisão mais ampla dos valores cobrados dos consumidores a partir de investimentos realizados pela concessionária, eficiência operacional e mudanças no mercado de distribuição.

A Cemig espera que a Aneel reconheça na base de remuneração regulatória (BRR) da distribuidora investimentos bilionários feitos nos últimos anos, além de compensações pela perda de mercado sofrida com o avanço da geração distribuída –empreendimentos de pequeno porte para produção de energia no próprio local de consumo ou próximo a ele, principalmente da fonte solar.

“Nos últimos anos, temos perdido mercado para a geração distribuída, isso chegou a 5% no acumulado deste ano. A gente entende que na próxima revisão teria um ajuste disso… Entendemos que isso vai ajudar o resultado da nossa distribuidora no ano que vem.”

Com relação aos investimentos, o diretor comentou em teleconferência que a companhia está tentando acelerar o programa previsto para este ano. Em 2022, a Cemig prevê direcionar 3,22 bilhões de reais para distribuidora, de um plano total de investimentos de 3,97 bilhões.

Comercialização

A Cemig também espera bons resultados para sua comercializadora de energia neste ano. Em teleconferência, o diretor de comercialização, Dimas Costa, comentou que o Ebitda da área pode atingir 1 bilhão de reais neste ano.

“Temos aqui um desafio interno de alcançar mais de um 1 bilhão de Ebitda para 2022, é exequível, não é um sonho”, afirmou Costa.

Magalhães complementou que a elétrica mineira tem um histórico longo em comercialização e possui hoje a liderança desse mercado.

“Isso traz uma vantagem em relação aos investidores, garante que a gente tenha margens boas na comercialização e o maior mercado nesse ambiente, que é desregulado.”

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O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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(Atualizada às 14:12)