Cemig só depende dela mesma para ação valer mais

Na visão da Mirae Asset, a Cemig (CMIG4) só depende dela mesma para a ação valer mais. A corretora avaliou o resultado financeiro da empresa no segundo trimestre, em que o lucro líquido foi de R$ 435 milhões, 5% acima do mesmo período de 2019.

No trimestre, a receita líquida foi de R$ 5,9 bilhões, abaixo da expectativa, impactada pelos efeitos do covid-19. A energia comercializada pelo grupo Cemig, excluindo CCEE, totalizou 12.988.626 MWh no segundo trimestre de 2020, uma queda de 1,0% em relação ao mesmo trimestre de 2019. No segmento de distribuição, o consumo de energia caiu 6% em relação ao 2º trimestre de 2019.

O Ebitda ajustado foi de R$ 939,0 milhões, com queda de 7% em relação ao mesmo período do ano passado e a margem ficou em 15,8% versus 14,4% e ficou abaixo do esperado, impactado pela marcação de mercado da participação na Light, provisão com perda na Renova, menor alocação de energia, perdas de energia acima do previsto, mas trouxe surpresas positivas do lado das despesas gerenciáveis.

Na visão da Mirae, o resultado foi mais fraco do que o esperado, principalmente no Cemig GT. “Para os próximos meses esperamos recuperação da atividade econômica, aumento na demanda de energia, maior alocação de energia e recuperação de margens”, afirmou a corretora.

Mesmo com as expectativas frustradas com os números, a Mirae continua recomendando a compra das ações, com preço alvo de R$ 13,48, que poderá ser maior de acordo com as reestruturações da empresa.