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Cemig lucra R$ 422,35 mi no 1° trimestre após reverter perdas com Light

14 maio 2021, 21:25 - atualizado em 14 maio 2021, 21:33
Cemig
A Cemig disse que os números refletem basicamente o aumento das receitas neste ano e a comparação com um trimestre de 2020 (Imagem: Facebook/Cemig)

A estatal mineira de energia elétrica Cemig (CMIG4) registrou lucro líquido de 422,35 milhões de reais entre janeiro e março de 2021, revertendo prejuízo líquido de 68,13 milhões de reais obtido no mesmo período de 2020.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saltou 133,25% em comparação anual, para 1,845 bilhão de reais, segundo divulgação da companhia nesta sexta-feira.

O Ebitda ajustado, que exclui efeitos extraordinários, foi de 1,657 bilhão, alta de quase 23% ano a ano.

A Cemig disse que os números refletem basicamente o aumento das receitas neste ano e a comparação com um trimestre de 2020 em que o Ebitda foi afetado negativamente em cerca de 609 milhões de reais pela desvalorização da participação detida na elétrica fluminense Light.

Neste ano, a companhia mineira decidiu se desfazer inteiramente da fatia na Light, o que foi efetivado em janeiro por meio da venda de ações em uma oferta pública que levantou 1,37 bilhão de reais.

A Cemig disse que, como resultado da operação, reconheceu um ganho antes de tributos de 108,55 milhões de reais, ao considerar como custo o valor registrado do ativo, que vinha sendo classificado como “mantido para venda” em seu balanço.

A receita líquida da Cemig no primeiro trimestre somou 7,1 bilhões de reais, contra 6 bilhões no mesmo período de 2020.

Os custos e despesas operacionais, por sua vez, totalizaram 5,7 bilhões de reais, acima dos 5 bilhões no ano anterior.

A companhia registrou ganhos com participações societárias em empresas, medidos por equivalência patrimonial, de 118,68 milhões de reais, acima dos 82 milhões há um ano atrás.

Em relação ao mercado elétrico, a Cemig registrou redução de 1,73% na quantidade de energia vendida no trimestre, com diminuição de 13,82% na energia comercializada com consumidores comerciais, em meio a impactos da pandemia, e no mercado cativo.

Houve ainda queda de 15,77% no suprimento a outras concessionárias de energia.

As vendas para o segmento industrial, por outro lado, aumentaram 13,69%, principalmente em função de novos contratos assinados com clientes livres prevendo início de fornecimento em janeiro de 2021.

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