Cemig (CMIG4): O fator que impede analistas de entrar de cabeça na ação
O Itaú BBA elevou o preço-alvo para Cemig (CMIG4) com a valorização recente das ações impulsionada por “números operacionais sólidos, uma estratégia de negociação de energia bem-sucedida e uma visão mais construtiva dos investidores sobre uma possível privatização“.
Com isso, os analistas elevaram o valor do papel de R$ 9,30 para R$ 14,80 ao fim de 2023. Apesar disso, a recomendação “neutra” não mudou.
Para uma reclassificação, o BBA gostaria de ver a Cemig alcançando marcos importantes em direção à privatização. As chances de desestatizar a Cemig melhoraram, mas ainda existe um longo caminho para percorrer, diz a instituição.
E, olhando para outras empresas do setor, a Cemig parece estar mais precificada, completa.
“Vemos o nome sendo negociado a uma taxa interna de retorno (TIR) implícita de 11%, o que parece justo quando comparado com seus pares, já que é uma empresa estatal”, afirma a equipe de análise de Utilities, em relatório publicado nesta quinta-feira (6).
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Fortes investimentos
O BBA projeta uma fase forte de investimentos para a Cemig nos próximos anos, principalmente em segmentos de distribuição, transmissão, geração distribuída e Gasmig.
No caso do negócio de distribuição, o BBA destaca que a Cemig tem conseguido reduzir bem as despesas gerenciáveis. Ainda assim, haveria espaço para melhorias na frente do PMSO (Pessoal, Material, Serviços e outros), principalmente se o plano de privatização da Cemig for bem–sucedido.
“Dada a renda média dos clientes dentro de sua área de concessão, esperamos que os números de uma Cemig privatizada provavelmente estejam alinhados com outras concessões privadas na região sudeste do Brasil administradas por empresas como CPFL (CPFE3) ou Energisa (ENGI11)”, afirmam os analistas.
Mesmo com o nível elevado de investimentos esperado para a estatal, o BBA acredita que a alavancagem permanecerá em níveis confortáveis. Isso deve permitir que a Cemig mantenha sua política de dividendos, com cerca de 7% de dividend yield (rendimento do dividendo) para os próximos anos, considerando payout de 50%.