Comprar ou vender?

Cemig (CMIG4): Após 1T24, vale a pena investir com foco em dividendos da empresa?

13 maio 2024, 17:15 - atualizado em 13 maio 2024, 17:15
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Possível federalização da Cemig ainda causa temor a analistas (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Cemig (CMIG4) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) após o fechamento do mercado na sexta-feira (10) e, apesar da queda de índices importantes, como o lucro líquido ajustado, que sofreu retração de 9,1% na comparação anual, chegando a R$ 1,15 bilhão no trimestre, a empresa ainda é “compra” para analistas.

Além do lucro líquido ajustado, o Ebitda ajustado também sofreu retração em comparação com o ano anterior, em queda de 3,9%.

As ações CMIG4 apresentavam alta de 0,10% às 16h23 desta segunda-feira (13).

Cemig é resposta para procura de dividendos?

Para Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, apesar da queda, os números ocorreram em linha com a expectativa do mercado, principalmente considerando que o ano passado forneceu números mais fortes para a empresa.

Sobre os rumores de uma possível federalização da empresa, com o controle sendo passado do estado de Minas Gerais para o Governo Federal, Hungria pontua que, caso ocorresse, seria ruim para a empresa em termos de resultado.

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Isso ocorre porque, de acordo com o analista, há a tendência de intervenções nas estatais controladas pelo Governo e seria difícil manter as melhoras sequenciais observadas na Cemig.

Sobre os dividendos da Cemig, Ruy afirma que, por conta da imprevisibilidade com relação ao nome, trazida por questões nebulosas acerca da federalização e como impactaria os dividendos da empresa, há outros nomes que podem ser buscados no setor de energia, como Equatorial (EQTL3) e Eletrobras (ELET3).

XP e Safra recomendam “compra”

Para a XP Investimentos, em relatório assinado pelo head de Energia e Saneamento, Vladimir Pinto, e a analista de Energia e Saneamento, Maíra Maldonado, os resultados vieram acima das expectativas, com Cemig GT e Gasmig sendo pontos positivos.

“De modo geral, vimos que a Cemig continua sua tendência operacional positiva, e o preço das ações deve reagir positivamente à medida que as preocupações com a federalização não se confirmam”, complementam os analistas, que recomendaram “compra” de papéis.

A XP pontua que os volumes de energia distribuída, que aumentaram 4,4% na comparação anual, foram impulsionados pelos segmentos residencial (com aumento de 13,4%) e rural, em função das temperaturas mais altas.

Já o Safra diz que os resultados ajustados ficaram, em geral, abaixo das estimativas, principalmente devido a maiores despesas no braço de distribuição, bem como a menores volumes e preços de energia no braço G&T.

Apesar disso, o banco tem recomendação de compra para Cemig com base em valuation, “pois vemos um alto potencial para pagamento de dividendos (a alavancagem diminuiu novamente neste trimestre)”.

“Vemos as iniciativas de redução de custos e o desinvestimento de ativos não essenciais como uma agenda positiva, e o reconhecimento de ganhos não recorrentes da venda de 15 PCHs é um exemplo dessas iniciativas. O fluxo de notícias sobre a possível federalização diminuiu, mas ainda representa um risco para nossa tese”, completa.

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