Comprar ou vender?

Cemig (CMIG4): Ação dispara 7% na semana, mas XP joga água fria; ‘não acredite na euforia’

17 nov 2024, 16:30 - atualizado em 17 nov 2024, 21:34
Cemig
(Imagem: Guilherme Dardanhan/ALMG)

A Cemig (CMIG4) saltou 7% na semana, sendo 5% só na última quinta-feira. O motivo para a variação, incomum para elétricas, tem nome e sobrenome: privatização. Já a Copasa (CSMG3) subiu 6,57% no mesmo período.

Promessa antiga do governador Romeu Zema (Novo), o estado de Minas Gerais enviou um projeto de lei solicitando autorização para a privatização de ambas as estatais para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Apesar disso, a XP Investimentos diz que é pouco provável que o projeto avance, dado o relacionamento tenso entre o governador e a ALMG. Para piorar, informações da imprensa dão conta que esses projetos não foram discutidos previamente com a ALMG.

Um dos motivos de Zema não ter conseguido aprovado o projeto durante seus quase 6 anos de mandato é justamente o trâmite complicado para se privatizar empresas em Minas Gerais.

Há uma proibição na constituição do estado que impede qualquer privatização. Ela exige a aprovação do legislativo e um referendo antes de qualquer tentativa de privatização. Para contornar isso, uma mudança no texto é necessária, exigindo pelo menos 60% dos votos da assembleia.

“O relacionamento entre o governador e a ALMG não é sólido o suficiente para obter os votos necessários para todas as mudanças na constituição. Em segundo lugar, no caso da Copasa, os municípios – especialmente Belo Horizonte – devem concordar com uma solução comum para as concessões, o que pode ser um processo demorado”.

No caso da Sabesp (SBSP3), lembra a XP, a aprovação da assembleia estadual veio acompanhada de um acordo com todos os municípios atendidos, o que fez com que o tempo entre a aprovação da assembleia estadual fosse rápido.

Em junho, São Paulo conseguiu vender a companhia, que movimentou um total de R$ 14,8 bilhões, incluindo os R$ 6,8 bilhões pagos pela acionista de referência.

Por fim, o prazo para uma privatização parece ser curto, dado que no segundo semestre de 2026 haverá eleições estaduais e federais, “o que torna qualquer privatização mais difícil de implementar”.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar