Cemig (CMIG3) afirma desconhecer plano para transferi-la para o governo Lula
A estatal mineira Cemig (CMIG3) afirmou desconhecer qualquer plano de ser transferida para o controle do governo federal. Em resposta a um ofício enviado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a concessionária de energia elétrica não negou, nem confirmou a notícia de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estaria negociando a federalização da empresa com o objetivo de abater dívidas de Minas Gerais junto à União.
A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo em 17 de novembro. Hoje (22), o assuntou voltou ao noticiário, quando o Valor Econômico reproduziu uma declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, endossando a proposta – que inclui, também, a Copasa (CSMG3), a companhia de saneamento do Estado.
Segundo o Valor, após se reunir com o presidente do Senado hoje, Zema afirmou que a federalização da companhia elétrica “tem todas as condições” para sair do papel. “Estamos bem otimistas”, completou. As declarações fizeram com que as ações da Cemig desabassem 9,71% no pregão. A Copasa também fechou em queda de quase 3%.
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Diante da forte repercussão da notícia da Folha e do aval público de Zema, a resposta da Cemig ao ofício da CVM, publicada no fim da noite de hoje, trata a reportagem da Folha como “uma apuração” do próprio veículo.
Sobre o teor da reportagem, a empresa acrescentou que é “um processo sem qualquer participação da Cemig, que, se em curso, tramita em âmbito externo da companhia, que não possui conhecimento para além do divulgado pela mídia.
Cemig (CMIG3) e Copasa (CSMG3): De candidatas à privatização a controladas pela União; entenda o caso
Copasa (CSMG3) e Cemig (CMIG4), duas empresas estatais controladas pelo governo de Minas Gerais, podem entrar em uma negociação para abater a dívida do estado com a União, informa a Folha de S. Paulo.
A negociação estaria ocorrendo entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o Governo Federal, por meio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Em comentário enviado a cliente, o Itaú BBA avalia a notícia como muito negativa para ambas as empresas, apesar de classificar o processo como difícil de ser executado. A corretora realizou uma teleconferência com o consultor jurídico Rafael Favetti para entender melhor os trâmites.
“Na opinião de Favetti, esta discussão ainda está em seus estágios iniciais e há vários desafios que teriam que ser superados para que a federalização avance”, explica.
Ele lembra que uma federalização exigiria a aprovação de um projeto de lei ordinário na Assembleia Legislativa de Minas e de um projeto de lei ordinário no Congresso.
Veja a resposta da Cemig (CMIG3) à CVM sobre passar ao controle da União: