Celulose tem espaço para alta acima do consenso, puxando Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)
Apesar das ações da Suzano (SUZB3) e da Klabin (KLBN11) operarem em queda nesta quinta-feira (20), a Ágora Investimentos enxerga um potencial de alta para a celulose acima do consenso de mercado, o que pode alavancar os ganhos das produtoras de papel & celulose.
A corretora recomenda a compra de ambas as ações, mas elenca a Suzano com a predileta, com preço-alvo de R$ 90.
Levando em conta o valor de fechamento na quarta (19), a ação pode disparar 45% nos próximos 12 meses.
Já a Klabin, com preço-alvo de R$ 37, tem espaço para subir 44%.
Os analistas Thiago Lofiego e José Cataldo, que assinam o relatório, estimam que os preços da celulose em 2022, no caso da fibra curta, podem alcançar US$ 650 por tonelada, superior ao consenso de mercado a US$ 550 e ao valor no spot a US$ 600.
“Nossa visão tem base nos contratempos relacionados à oferta e crescimento saudável da demanda, também apoiados pelo reabastecimento de produtos finais globalmente”, comentam.
A Suzano é a principal escolha da Ágora em 2022 por ser mais exposta ao ciclo de celulose e ter avaliação atrativa de 5,4 vezes (múltiplo EV/Ebitda estimado para o ano), com 14% de rendimento FCF (fluxo de caixa livre) excluindo crescimento.
Por volta das 15h, as ações ordinárias da Suzano recuavam 1,31%, cotadas a R$ 64,04 cada. Já as units da Klabin tinham ligeira alta de 0,16%, negociadas a R$ 25,75 cada. No mesmo instante, o Ibovespa (IBOV) subia 1,67%, com 109.814,73 pontos.