Segurança

Celular Seguro ultrapassa 500 mil registros; entenda se governo poderá controlar aparelhos

25 dez 2023, 14:48 - atualizado em 25 dez 2023, 14:48
celular seguro
Celular Seguro já está disponível para download e uso pela Web (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

O projeto “Celular Seguro” foi lançado na última terça-feira (19), com o objetivo de amparar vítimas de roubos e furtos de celulares em todo o Brasil. O aplicativo já está disponível na Apple Store e Google Play, além da versão Web.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), ao ter o aparelho roubado, a vítima poderá bloquear o aparelho, a linha telefônica e os aplicativos bancários em poucos cliques.

Nos primeiros três dias, o projeto ultrapassou a marca de 500 mil cadastros de usuários, conforme dados divulgados pela pasta. As empresas que já aderiram e as medidas que elas adotarão estão descritas nos termos de uso. Não há limite para o cadastro de números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF para que o bloqueio seja efetivado.

A proposta é que as vítimas de furto e roubo de dispositivos móveis possam bloquear o aparelho e aplicativos digitais em apenas um clique.

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Como vai funcionar o Celular Seguro

Cada pessoa cadastrada no aplicativo vai poder indicar pessoas de confiança, que poderão fazer os bloqueios nos casos de roubos e furtos. Assim que o usuário faz o registro da ocorrência, os bancos, a operadora de telefonia e a Anatel são avisados.

Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o site por um computador.

“Estamos construindo um botão de emergência, para que a pessoa rapidamente aperte e as operações fiquem bloqueadas, para que ela possa reorganizar sua vida com mais calma, sem ter a agonia de uma hora para outra parar sua vida para fazer 300 ligações para bloquear uma série de canais que expõem ela a crimes financeiros e golpes”, explicou o secretário-executivo do MJSP, Ricardo Capelli, durante o lançamento do app.

Governo vai controlar aparelhos?

O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirma que o governo federal não acessa nenhum dado que esteja no telefone do usuário e o funcionamento segue a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

“A ferramenta apenas faz a interligação entre a pessoa vítima de um crime e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e empresas parceiras do Projeto”, esclarece a pasta.