Celular Pixel do Google melhora zoom com inteligência artificial
O novo smartphone do Google mostra como inteligência artificial e software podem aprimorar os recursos de uma câmera, um dos recursos mais importantes para a venda de qualquer dispositivo móvel.
O Pixel 4, o mais novo modelo da linha de celulares definida por suas câmeras, exibe uma capacidade aprimorada de aumentar o zoom ao tirar fotos como sua maior novidade. Mas a empresa controlada pela Alphabet não seguiu o mesmo caminho que Samsung Electronics, Huawei Technologies ou Apple – em vez de adicionar várias câmeras com óptica complicada, o Google optou por uma única lente extra que depende de inteligência artificial e processamento para melhorar a qualidade.
No lugar da barreira de especificações habitual, o Google prefere falar sobre uma “câmera definida por software”, disse Isaac Reynolds, gerente de produtos da equipe Pixel do Google, em entrevista. O aparelho deve ser julgado pelo produto final, argumentou, que, segundo o Google, possui zoom digital 3x que corresponde à qualidade do zoom óptico de um conjunto de várias lentes. O Pixel 4 tem duas lentes com um fator de ampliação menor que 2x entre elas, e a tecnologia que amplia esse útil alcance é quase inteiramente software.
O sucesso da câmera do Pixel é fundamental para as ambições mais amplas do Google: estimula a utilização do Google Fotos, fornece mais espaço para as galerias de imagens do Google e ajuda a criar melhores experiências com aplicativos de realidade aumentada – como as novas instruções para rotas a pé na tela do Google Maps.
Para aumentar sua dependência de tarefas de inteligência artificial e aprendizado de máquina, o Google projetou e adicionou seu próprio chip Pixel Neural Core à linha Pixel 4. O chip acelera a velocidade de aprendizado de máquina do dispositivo e, mais uma vez, visa diferenciar a oferta do Google de outros smartphones Android no mercado com um processador Qualcomm Snapdragon em seu núcleo.
Entre os outros recursos que o Google oferece com o Pixel 4 está a capacidade de identificar rostos das pessoas que o usuário fotografa com mais frequência e garantir prioridade ao capturar novos snapshots – garantindo que a câmera foque nas pessoas e que seus olhos não estejam fechados, por exemplo. Esse uso da tecnologia de software tem definido os dispositivos do Google até o momento e também pode ser observada na maneira como Facebook, Amazon.com e Apple pretendem empregar seus próprios sistemas de inteligência artificial.