CDI não é coisa para funding de fintech de crédito agro. Lastro da Nagro é em CRAs e FIAGROs

Emprestar dinheiro captando no mercado financeiro à base de Certificado de Depósito Bancário (CDI) não permite escapar da correlação com a taxa Selic. Coisa para fintech é emprestar com funding lastreado em emissões de títulos que permite cobrar juros a partir de 1,2% ao mês – ou até 2%, no teto.

Com isso, na expectativa da Agfintech Nagro, a empresa vai girar R$ 340 milhões em créditos, somando com os R$ 80 milhões que estão rodando hoje.

De quebra, a sua plataforma de análise de risco, a AgRisk, disponível ao mercado, já analisou R$ 50 bilhões em crédito, desde 2017, envolvendo outros agentes da verticalizada cadeia do agronegócio.

A fintech nasceu em Uberlândia (MG) de produtores rurais, como o CEO Gustavo Alves, e com Certificados de Recebíveis do Agronegócios (CRAs) e Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (FIAGROs) “vem conseguindo manter uma estrutura eficiente, onde os aumentos sucessivos de juros não estão sendo repassados completamente ao produtor rural”.

Compondo taxas de juros mais amigáveis – como no momento presente no qual o custo do dinheiro privado ascende à média de 15% ao ano no hiato deixado pela escassez de recursos a juros subsidiados -, a Nagro capitaliza pela facilitação para os pequenos usando a “ciência”.

Alves comenta sobre as ferramentas de inteligência, que procura capturar todas as variáveis, inclusive prognosticando curvas de resultados dos tomadores, bem como a conexão com todos os elos da cadeia, que tem contribuído para a expansão dos negócios entre pequenos e médios produtores, sobretudo.

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