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CDBs prefixados do C6 Bank pagam 15% ao ano; veja como funciona o FGC

04 mar 2023, 13:00 - atualizado em 06 mar 2023, 10:52
C6 Bank
Entenda se é seguro investir em CDBs do C6 Bank, após casos recentes de liquidações da BRK Financeira e da Portocred. (Imagem: Divulgação/C6 Bank)

No C6 Bank, o investidor encontra diferentes opções de CDBs prefixados que chegam a render até 15% ao ano. Ao emprestar o seu dinheiro para o banco na modalidade prefixada, o investidor trava uma taxa de juros acima do atual patamar da Selic a 13,75% ao ano.

“Estamos vendo muita discussão pública sobretaxa de juros, metas de inflação, regras fiscais, alguns dos elementos que impactam na curva de juros e, consequentemente, na rentabilidade dos investimentos no curto, médio e longo prazo”, afirma Igor Rongel, head de investimentos do C6 Bank.

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Para ele, travar uma taxa de juros próxima de 15% ao ano é uma das oportunidades de blindar o investimento dessas oscilações.

Mas será que é tão seguro assim investir em CDB? Após os recentes casos de liquidações da BRK Financeira e Portocred, o investidor precisa ficar atento à saúde financeira do banco ao qual se empresta o dinheiro, observando se o mesmo tem condições de honrar o investimento.

Mesmo que os títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras sejam cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), é possível que o investidor deixe de ganhar muito dinheiro caso tenha que acionar o FGC, perdendo até para os títulos públicos no Tesouro Direto.

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FGC

Quando o investidor tem de acionar o FGC para receber o dinheiro aplicado em CDB, LCA, LCI, entre outros, como acontece nos casos da BRK e Portocred, o investimento deixa de render juros a partir do momento de intervenção pelo Banco Central.

Conforme o FGC, demora um mês, em média, para o investidor receber o dinheiro do fundo. O prazo varia em cada caso, pois o FGC depende que a empresa liquidada envie a relação de investidores e credores que emprestaram dinheiro, com direto à cobertura.

E já houve casos recentes no Brasil que o FGC chegou a levar mais de três anos para ressarcir os investidores que detinham algum CDB, LCA, LCI ou qualquer outro título de renda fixa bancário.

O fundo reembolsa o dinheiro aplicado pelo investidor acrescido dos juros prometidos em caso de quebra da instituição emissora até o limite de R$ 250 mil por CPF por instituição.

CDBs no C6 Bank

Segundo dados do Banco Data, o C6 Bank tem dois indicadores de saúde financeira saudáveis para análise de crédito, conforme dados mais recentes de setembro de 2022.

Seu índice de Basileia está em 17,3%, acima do patamar recomendado de 10,5%. Já o seu indicador de imobilização está em 5,3%, bem abaixo do patamar de risco que começa a partir de taxas acima de 50%.

No entanto, o ponto de atenção antes de investir em CDBs do C6 Bank é que a instituição vem apresentando prejuízo em seus últimos resultados divulgados. Na parcial de 2022, o banco soma prejuízo de 862,6 milhões, segundo o Banco Data.

Já o patrimônio de referência do C6 Bank totaliza R$ 4,2 bilhões, com carteira de crédito classificada de R$ 24 bilhões.

Ao todo, são seis opções de CDBs prefixados disponíveis no C6 Bank. O CDB prefixado de seis meses, por exemplo, oferece uma rentabilidade de 14,5% ao ano. Já o CDB prefixado de 5 anos oferece rentabilidade de 15,15% ao ano ao final do período. Em todos os casos, a aplicação mínima é de R$ 100.

Na área de renda fixa dentro do C6 Invest, o cliente também encontra CDBs pós-fixados que remuneram até 114% do CDI com prazos de até cinco anos e CDBs IPCA+ que prometem remunerar o investidor com a inflação do período mais 7,35% no caso de prazos mais longos como cinco, seis ou sete anos. As taxas podem variar ao longo do tempo.

CDBs são opções de investimento de baixo risco, na comparação com títulos de crédito privado emitidos por empresas fora do setor financeiro, como debêntures, CRAs, CRIs, entre outros. Porém, investir em CDBs é mais arriscado do que aplicar em títulos públicos no Tesouro Direto.

Imposto de Renda

CDBs, assim como outros produtos de renda fixa, pagam Imposto de Renda. Por isso, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será a tributação que incide sobre o rendimento – a alíquota varia de 22,5% (até 180 dias) a 15% (mais de 720 dias).

Mesmo descontando o IR, a rentabilidade dos CDBs supera com folga a da poupança, principalmente quando a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, fica acima de 8,5% ao ano, como agora em que está em 13,75% ao ano.

Quando isso acontece, o rendimento líquido da poupança passa a ser de apenas 0,5% ao mês + Taxa Referencial, enquanto o dos CDBs tende a acompanhar a alta dos juros.