CDBs pagando até 137% do CDI para aproveitar pelos próximos 18 meses; veja como tê-los
O investimento em CDBs (Certificados de Depósito Bancário) é um dos mais populares no Brasil. É a principal porta de entrada do investidor ao mercado financeiro, logo após da tradicional caderneta de poupança, cujas retiradas líquidas acumulam R$ 109,5 bilhões no ano.
Em meio à última decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa Selic em 2022 nesta quarta-feira (7), emprestar dinheiro para bancos está rendendo até 137% do CDI pelos próximos 18 meses.
Beneficiados pela alta taxa de juros, com a Selic a 13,75% ao ano, os CDBs indexados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são os que oferecem as maiores rentabilidades no momento, contando ainda com apostas de que os juros ficarão elevados por mais tempo.
Seja no mercado primário (títulos novos) ou no secundário (títulos vendidos por um primeiro investidor e recolocados pelas corretoras para negociação), a ressalva que paira aos investidores que aplicam em CDBs é a cobrança de imposto de renda (IR) sobre os lucros.
No intervalo de 18 meses, seguindo as regras da tabela regressiva do IR, incidem impostos de 17,50% sobre os ganhos do investidor ao emprestar dinheiro aos bancos e instituições financeiras.
Diversificando com CDBs
As apostas mais recentes do mercado no relatório Focus apontam que a Selic ao fim de 2024 se encerrará em 8,5% ao ano.
Para Jaiana Cruz, planejadora financeira e sócia da AVG Capital, não é interessante que o investidor fique preso por mais de dois anos em títulos de renda fixa indexados ao CDI por conta das projeções de queda dos juros.
“Ainda que os indicadores de mercado estejam projetando uma inflação menor para 2023, os títulos indexados ao IPCA continuam bastante atrativos, com juros reais acima de 6% ao ano“, destaca a especialista.
Isso abre espaço para diversificar a carteira de renda fixa com CDBs que também estejam indexados ao IPCA, o que protege o poder de compra do investidor ao longo do tempo.
Investimento | Rentabilidade | Taxa de carrego | Aporte Mínimo (R$) | Corretora |
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CDB – Midway | 15,56% | 137% do CDI | 1.181,23 | Rico |
Vencimento | Ganho no CDB (R$) | Ganho na Poupança (R$) | Taxa de Imposto de Renda |
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14/06/2024
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1.474,28 | 1.340,38 | 17.50% |
Investimento | Rentabilidade | Taxa de carrego | Aporte mínimo (R$) | Corretora |
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CDB – Pernambucanas | 14,95% | 132% do CDI | 1.163,21 | Rico |
Vencimento | Ganho no CDB (R$) | Ganho na Poupança (R$) | Taxa de Imposto de Renda |
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21/08/2024
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1.481,16 | 1.341,18 | 17,50% |
Investimento | Rentabilidade | Taxa de carrego | Aporte mínimo (R$) | Corretora |
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CDB – Banco Omni | 14,23% | 126% do CDI | 1.203,46 | Rico |
Vencimento | Ganho no CDB (R$) | Ganho na Poupança (R$) | Taxa de Imposto de Renda |
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29/04/2024
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1.450,24 | 1.351,15 | 17,50 |
Investimento | Rentabilidade | Taxa de carrego | Aporte mínimo (R$) | Corretora |
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CDB – Banco Caixa | 10,70% | IPCA+ 8,05% | 10.000,00 | Nova Futura |
Vencimento | Ganho no CDB (R$) | Ganho na Poupança (R$) | Taxa de Imposto de Renda |
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06/01/2024
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11.521,67 | 10.939,68 | 17,50% |
Investimento | Rentabilidade | Taxa de carrego | Aporte mínimo (R$) | Corretora |
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CDB – Banco Fibra | 10,40% | IPCA+ 7,70% | 10.000,00 | Nova Futura |
Vencimento | Ganho no CDB (R$) | Ganho na Poupança (R$) | Taxa de Imposto de Renda |
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06/06/2024
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12.112,07 | 11.324,75 | 17,50% |
Os preços e as taxas dos títulos bancários foram consultados nesta quarta-feira (7) no TradeMap. Os valores podem oscilar em razão da marcação a mercado diária até o vencimento de cada CDB, além da variação do CDI ou do IPCA ao longo do tempo.
Outra forma de fazer dinheiro na renda fixa, além de segurar o título até o seu vencimento, é vendê-lo antecipadamente quando se tem clareza do ciclo de queda da taxa Selic, momento em que os preços dos títulos sobem e o investidor tem a chance de vender com lucro.
É possível que o investidor venda um CDB antes do prazo de resgate (vencimento) no mercado secundário, mas não há garantia de que haverá lucro ou prejuízo na operação, a depender de quanto o mercado está disposto a pagar pelo título bancário no momento.
O investidor pode comprar no mercado secundário títulos de renda fixa com vencimento mais curtos e chance de retorno maior, enquanto houver oferta daquele produto na corretora.
Todos os CDBs mencionados na matéria têm a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).