CDB

CDBs: Investidor não tem medo de confiar no FGC e estoque bate recorde no ano

28 fev 2023, 16:15 - atualizado em 28 fev 2023, 16:15
CDBs
Investir em CDBs ainda continua em alta. Restar saber se a confiança no FGC seguirá firme, após as liquidações de BRK e Portocred. (Imagem: Freepik)

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) continuam atraindo investidores que buscam multiplicar o dinheiro na renda fixa, batendo recorde de captação em 2022, com volume de R$ 1,8 trilhão, segundo dados da B3 (B3SA3).

Resta saber se a história irá se repetir em 2023, já que com as liquidações da BRK Financeira e da Portocred pelo Banco Central, mais de 54 mil investidores de renda fixa terão de acionar o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para receber valores em CDB, LCA, LCI, entre outros títulos financeiros.

Entre para o Telegram do Money Times!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

No total, os títulos bancários de renda fixa fecharam o ano passado com estoque de R$ 3,7 trilhões, contra R$ 2,8 trilhões em 2021, um aumento de 30%.

As letras de crédito, LCI e LCA, somaram R$ 576 bilhões de estoque em dezembro. Enquanto o estoque de LCA alcançou R$ 337 bilhões e cresceu 74% em comparação ao mesmo período de 2021, o estoque de LCI registrou R$ 239 bilhões, um aumento de 69%.

Os sucessivos aumentos na taxa básica de juros tornaram os ativos de renda fixa mais atraentes para os investidores e, por isso, ganharam cada vez mais espaço nas carteiras em 2022, aponta Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.

“Com a provável manutenção do patamar da Selic em níveis iguais ou próximos ao atual ao longo de 2023, esse crescimento deve continuar ao longo deste ano”, completa.

Já a Letra Financeira, título que capta recursos de longo prazo, contabilizou aumento de 35% no estoque. Foram R$ 450 bilhões em 2022, contra R$ 332 bilhões em dezembro de 2021.

E a LIG, título lastreado por créditos imobiliários, somou R$ 89 bilhões em estoque ao final do ano, aumento de 85% em comparação ao mesmo período de 2021.