CDBs estão rendendo ao redor de 15% ao ano; veja como investir em 2023

O ano de 2023 promete boas coisas para quem aplica em CDBs (Cerificados de Depósitos Bancários).

Em 2022, emprestar dinheiro para os bancos e recebê-lo de volta com juros foi a categoria de investimento mais rentável do ano, segundo levantamento do Yubb. Essa renda fixa segue na mira dos profissionais de mercado.

Esses investimentos “surfaram” na onda do aumento da taxa Selic. Como muitos desses ativos são pós-fixados, seu retorno financeiro é resultado direto da taxa básica de juros. Nos últimos 12 meses, a Selic subiu de 3% para 13,75%, com possibilidade de ultrapassar os 14% ao longo de 2023.

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Os títulos bancários indexados ao CDI seguem como os mais rentáveis na virada do ano, oferecendo taxas de rentabilidade líquidas ao redor de 15% ao ano, tanto no mercado primário (títulos novos) quanto no secundário (títulos de segunda mão, recolocados à negociação pelas corretoras).

“Quem investe dinheiro para o curto prazo, pensando em prazos de resgate para até dois anos, encontra boas oportunidades no mercado com CDBs que acompanham a variação da taxa Selic. O investidor conservador, que não tolera riscos, tem tudo para ter um bom retorno em 2023”, afirma Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.

Além da remuneração com o CDI, quem investe em CDBs também pode indexar o seu rendimento em títulos prefixados ou atrelados à inflação.

Mas será que essas modalidades também valem a pena em 2023?

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Diversificação com CDBs

Quem aplica na renda fixa para prazos mais longos, superiores a dois anos, precisa diversificar seus indexadores de rendimento.

Embora o cenário esteja conturbado para títulos prefixados e indexados ao IPCA, vale considerar que os cenários podem mudar de uma hora para outra.

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“A política brasileira deve começar tumultuada em 2023, e o mercado já demonstrou isso com os anúncios de [Fernando] Haddad e [Aloízio] Mercadante no novo governo. Porém, o Brasil foi um dos primeiros países a elevar juros no mundo e será um dos primeiros a vê-los caírem em 2023”, pondera Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital.

Caso a taxa Selic inicie o seu ciclo de queda em 2023, o investidor que travar taxas prefixadas elevadas agora (pagando juros ao redor de 15% ao ano), garante essa rentabilidade pelos próximos anos ou pode vender antecipadamente esse título com valorização na marcação a mercado.

CDBs mais rentáveis

O Money Times apurou que os CDBs com as taxas de rentabilidade mais expressivas nos mercados primário e secundário de renda fixa giravam ao redor de 15% ao ano, de acordo com dados do TradeMap.

Os preços e as taxas dos CDBs foram consultados no dia 28 de dezembro de 2022. Os valores podem oscilar em razão da marcação a mercado diária, até o vencimento de cada CDB, além da variação dos indexadores CDI e IPCA ao longo do tempo.

Outra forma de fazer dinheiro na renda fixa, além de segurar o título até o seu vencimento, é vendê-lo antecipadamente quando se tem clareza do ciclo de queda da taxa Selic, momento em que os preços dos títulos sobem e o investidor tem a chance de vender com lucro.

É possível que o investidor venda um CDB antes do prazo de resgate (vencimento) no mercado secundário, mas não há garantia de que haverá lucro ou prejuízo na operação, a depender de quanto o mercado está disposto a pagar pelo título bancário no momento.

O investidor pode comprar no mercado secundário títulos de renda fixa com vencimento mais curto e chance de retorno maior, enquanto houver oferta daquele produto na corretora. Todos os CDBs mencionados na matéria têm a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).