CDB ou Tesouro Direto: Qual o melhor para não deixar dinheiro parado na poupança?
Com a alta da taxa básica de juros, a renda fixa voltou ao radar dos investidores. Este tipo de investimento, como os CDBs e o Tesouro Direto, vem conquistando percentuais cada vez mais relevantes nos portfólios, em busca por maior assimetria de risco.
Em sua última revisão, o mercado elevou sua perspectiva para a Selic. Na semana passada, a pesquisa Focus mostrou que os economistas passaram a calcular a taxa a 12,25% no fim de 2022. Para 2023, a estimativa segue a 8%.
Segundo Rodrigo Franchini, sócio e analista da Monte Bravo Investimentos, a busca pela renda fixa vai seguir em 2022 e, possivelmente, em 2023.
Diante de um mercado amplo que oferece diferentes tipos de títulos de renda fixa, o que o investidor quer saber é qual deles é mais vantajoso neste momento. Vale mais a pena emprestar dinheiro para os bancos ou para o governo?
CDB vs Tesouro Direto
De acordo com Franchini, o primeiro passo para decidir entre os títulos de Tesouro Direto ou CDBs é avaliar o prazo e o risco de retorno por indexador.
O analista afirma que, em busca de retornos no curto prazo, os títulos pós-fixados — que têm os juros atrelados à Selic ou ao CDI e seguem suas variações — são mais vantajosos. Neste cenário, Franchini ainda recomenda os CDBs, por oferecerem “liquidez rápida e boa rentabilidade”.
Já para um cenário focado no longo prazo, o analista indica os papéis pré-fixados — títulos que têm juros fixos e se mantém o até o fim da aplicação. Segundo ele, nesta situação, o IPCA+ é mais interessante, pois, mesmo que os juros caíam, o investidor continua contando com o ganho sobre a inflação.
As recomendações de Franchini são baseadas nas perspectivas de que, no médio e longo prazo, principalmente após as eleições de 2022, os juros devem passar a diminuir.
Para o analista, os CDBs se destacam pois, por serem títulos privados emitidos pelo mercado bancário, têm ganhos acima dos títulos públicos, como o Tesouro Direto. Além disso, este investimento permite uma maior flexibilização de prazos e a negociação de liquidez.
Em relação ao Tesouro Direto, Franchini ressalta que tratam-se de títulos mais seguros e que oferecem uma maior variedade de moldes, com “bons retornos no longo prazo”.
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