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CCR recua com notícia sobre possível delação premiada de executivos

06 ago 2018, 11:31 - atualizado em 06 ago 2018, 17:10

Por Investing.com – Na parte inicial da jornada desta segunda-feira na bolsa paulista, as ações da CCR (CCRO3) recuam 2,31% a R$ 10,56, liderando assim as perdas do Ibovespa. O mercado adota cautela após o jornalista Lauro Jardim, do O Globo, divulgar em sua coluna do final de semana a possibilidade de uma delação premiada da companhia, que podem ter favorecido o ex-governador de São Paulo, e candidato a presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin.

O mercado adota cautela após o jornalista Lauro Jardim, do O Globo, divulgar em sua coluna do final de semana a possibilidade de uma delação premiada da companhia, que podem ter favorecido o ex-governador de São Paulo, e candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin.

De acordo com a coluna, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está investigando o caminho do dinheiro da concessionária de rodovias CCR a Alckmin. A empresa, controlada por Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Soares Penido, negocia um acordo de leniência e a delação de alguns de seus executivos. O escopo do acordo são repasses ilegais que teriam beneficiado Alckmin, José Serra e Aloysio Nunes Ferreira.

O jornalista informa que os Letícia Ravacci e José Carlos Blat estão seguindo o rastro do dinheiro do doleiro Adir Assad, um dos que operou o repasse do dinheiro para os tucanos.

Troca de diretoria

No mês passado, a CCR deu início a uma restruturação de seus negócios com a nomeação de Leonardo Vianna como CEO, substituindo Renato Vale, que deixou o cargo que ocupava desde a fundação da empresa há duas décadas.

O CEO assumiu o comando da CCR na última terça-feira em meio a informações sobre a investigação sobre suposta participação da empresa em esquema de corrupção em São Paulo. Segundo delação premiada do empresário Adir Assad, a concessionária teria pagado propina ao ex-diretor da Dersa Paulo Viera de Sousa, chamado de Paulo Preto. A companhia nega envolvimento no esquema.

A troca da diretoria não ficou restrita ao topo da companhia e a restruturação foi estendida a outras unidades do grupo. Na CCR Aeroportos, Eduardo Camargo assumiu no lugar de Ricardo Bisordi. Cristiane Gomes passou a liderar a CCR AutoBAn, em substituição a Mauricio Vasconcellos e Roberto Siriani.

Wilson Omuro assumiu a chefia da unidade CCR Actua, no lugar de Wagner Gudson, enquanto André Costa passou a comandar a CCR EngelogTec, no lugar de Cristiane Gomes. A liderança das unidades ViaQuatro e da ViaMobilida passou a ser exercida por Luis Valença, no lugar de Harald Zwetkoff.

Segundo a CCR, as trocas na companhia fazem parte de restruturação iniciada em 2014 e não tem relação com as investigações.